A Justiça de São Paulo decidiu pedir o arquivamento do caso Pesseghini quase um ano após a morte de cinco integrantes de uma família de policiaIs militares, ocorrido na Brasilândia, na zona norte de São Paulo. Para o juiz, é correta a conclusão da Polícia Civil de que Marcelo Pesseghini, 13 anos, matou os pais, a avó e uma tia-avó e depois se matou, é correta. As investigações do caso foram encerradas em maio deste ano e a sentença de arquivamento deverá ser publicada amanhã.
Diante da decisão, a advogada da família Pesseghini, Roselle Soglio, vai entrar com um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo e vai pedir a federalização do caso, recorrendo ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que a investigação seja feita novamente.
— Vamos recorrer da decisão porque existem elementos suficientes para provar que o Marcelo não é o culpado e que não houve outra linha de investigação diferente.
Se o recurso for negado e não surja nenhuma nova informação sobre os assassinatos, o caso passará a ser considerado extinto, já que o culpado está morto.
A família do garoto tenta provar a inocência do menino usando uma página da internet considerada pela advogada dos avós paternos de Marcelo uma evidência por ter sido criada para homenagear o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luís Marcelo Pesseghini, antes mesmo de os corpos terem sido encontrados.
A Justiça considerou frágeis os argumentos apresentados pela família do garoto no pedido de reabertura das investigações e determinou o arquivamento do caso.
Segundo Roselle, há pelo menos 70 pontos da investigação a serem esclarecidos, inclusive gravações, nunca enviadas a perícia, que mostram um vulto no banco de trás do carro supostamente dirigido por Marcelo.