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Líder do MTST afirma que só fala por meio da Justiça

Ministério Público Estadual moveu ação contra o grupo

São Paulo|Do R7

Boulos disse que posição do MTST já foi defendida
Boulos disse que posição do MTST já foi defendida

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse que foi orientado pelos advogados da organização a não se posicionar publicamente sobre a ação civil movida pelo MPE (Ministério Público Estadual).

— Já que optaram pela judicialização da questão, nesse momento, só vamos nos manifestar judicialmente.

Segundo Boulos, a posição do MTST já foi defendida em entrevistas concedidas à imprensa e está disponível na cartilha de princípios divulgada no site do movimento. No documento, a organização destaca a pressão sobre proprietários de terras e imóveis nas cidades e sobre o poder público como principal forma de lutar por moradia para as famílias de sem-teto. Além disso, afirma que "é isso que diferencia o grupo da maioria dos movimentos urbanos, que optaram por focar suas ações na participação institucional".

"Embora o MTST também saiba negociar, para nós esta parte do processo está sempre em função das mobilizações e ações diretas de pressão", informa a cartilha.


Segundo o movimento, a forma de ação mais importante são as ocupações de terras urbanas. "Com elas, pressionamos diretamente os proprietários e o Estado, denunciamos o problema social da moradia e construímos um processo de organização autônoma dos trabalhadores. As ocupações são sempre acompanhadas de uma pressão focada nos órgãos do Estado, com marchas e ocupações de prédios públicos."

Administração


Em nota, a Prefeitura informou que foi notificada da ação civil pública e que vai "responder dentro do prazo determinado". A gestão Fernando Haddad (PT) estima em cerca de 90 o número de áreas ocupadas atualmente na cidade, a maioria em áreas particulares.

A Secretaria Municipal de Habitação informou ainda que "tem total interesse na divulgação dos inscritos na demanda habitacional da cidade" e trabalha desde junho de 2013 em um sistema online de monitoramento para divulgar de forma transparente os nomes dos inscritos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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