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Mércia e Mizael viviam em “clima de harmonia”, diz testemunha de defesa

Corretora contou que conhece o réu desde 2004, quando ele alugou escritório

São Paulo|Vanessa Beltrão e Ana Cláudia Barros, do R7

Rita Maria de Souza foi a primeira testemunha da defesa
Rita Maria de Souza foi a primeira testemunha da defesa

A primeira testemunha convocada pela defesa de Mizael Bispo foi a corretora de imóveis Rita Maria de Souza. Durante o depoimento, ela contou que conhece o réu desde 2004, quando ele alugou o escritório sobre a imobiliária onde ela trabalhou, no bairro Bonsucesso, em Guarulhos, na Grande São Paulo. 

Segundo Rita, Mércia e Mizael viviam em “clima de harmonia” e a advogada era "tranquila e estava sempre contente”. A testemunha contou que o casal passou a dividir a sala alugada em 2005 e que o acusado tinha uma boa clientela e ajudou a vítima no início do negócio.

Destacou ainda que não presenciava brigas entre os dois e, questionada se Mércia alguma vez se queixou de Bispo, respondeu que não, pois não tinha amizade com ela, só “coleguismo”.

Rita classificou Mizael Bispo como um “bom locatário” e disse que alugaria novamente um imóvel para ele.


Ao iniciar os questionamentos para a testemunha, o promotor Rodrigo Merli indagou se ela havia participado de um abaixo-assinado que dizia que o réu teve suas garantias individuais violadas. Diante da resposta positiva, Merli perguntou:

— A senhora sabe o que são garantias individuais?


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Surpresa com a pergunta, a testemunha respondeu que sim, mas não soube explicar o conceito. O promotor mostrou ainda uma carta iniciada com a expressão “caro amigo” e finalizada com “abraços, Rita” e perguntou se o texto havia sido escrito por ela, que confirmou.

Cartazes

Rita relatou que retirou da parede da imobiliária os cartazes de "procura-se" quando Mércia desapareceu, e não Mizael Bispo. Ela justificou o ato, alegando que estavam danificando a parede. O episódio foi usado pelo assistente de acusação, Alexandre de Sá.

Ele perguntou a ela quantos dias a testemunha havia recolhido assinaturas em favor do acusado. Diante da resposta — oito dias —, ele emendou:

— Um dia a mais do que a senhora deixou o cartaz de procura-se da Mércia na parede.

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