Mesmo após chuva, nível do Cantareira volta a cair e bate novo recorde histórico com 14,7% de capacidade
Comitê anticrise pediu para a Sabesp um plano com alternativas para retirada de água
São Paulo|Do R7, com Estadão Conteúdo
O nível de água no Sistema Cantareira voltou a cair e atingiu mais uma vez o pior índice da história. Nem mesmo a tempestade desta terça-feira (18) impediu uma nova queda no volume de água. De acordo com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o nível do reservatório nesta quarta-feira (19) chegou a 14,7 %. No ano passado, o nível estava em 59,8%.
A Sabesp começou na segunda-feira (17) as obras necessárias para captar 200 bilhões de litros armazenados abaixo do nível das comportas nas Represas Jaguari e Jacareí, em Bragança Paulista, e Atibainha, em Nazaré Paulista. Segundo a companhia, a conclusão está prevista para maio e o "volume morto" seria suficiente para abastecer a região metropolitana de São Paulo por quatro meses, a partir do início da operação.
O comitê anticrise que monitora o Sistema Cantareira pediu para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) apresentar um plano detalhado com alternativas do volume de água a ser retirado da principal fonte de abastecimento da Grande São Paulo até o fim do ano para diferentes níveis de armazenamento.
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O objetivo do grupo comandado pela ANA (Agência Nacional de Águas) e pelo DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica), gestores do sistema, é planejar o uso do chamado "volume morto" do Cantareira, cerca de 300 bilhões de litros que ficam no fundo dos reservatórios, para evitar o colapso do manancial.