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“Minha mãe anda de ônibus”, diz Haddad para defender prioridade ao transporte público

Prefeito de SP aponta ganhos da população com ampliação de faixas de ônibus pela cidade

São Paulo|Do R7

Prefeito de SP garante que familiares são beneficiados por ônibus
Prefeito de SP garante que familiares são beneficiados por ônibus Prefeito de SP garante que familiares são beneficiados por ônibus

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad voltou a defender na manhã desta quinta-feira (22), em entrevista à rádio Jovem Pan, a priorização do transporte coletivo na capital. O mandatário apontou os muitos ganhos que a população já obteve em apenas um ano de gestão e, para reforçar a tese, explicou que até mesmo a sua família utiliza com frequência os ônibus da cidade.

— A minha mãe pega ônibus, minha família pega ônibus. Quando minha mãe teve o carro roubado, até o seguro dela repor o carro, ela andou de ônibus pela cidade, mesmo tendo 76 anos.

Haddad citou uma recente viagem que fez com o transporte coletivo entre Itaquera, na zona leste, e o Parque Dom Pedro, na região central. De acordo com o prefeito, o trajeto que antes da faixa exclusiva demorava até 1h30 agora pode ser feito pela população em 45 minutos, o que comprova o tempo ganho pela população nos seus deslocamentos.

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Entretanto, o prefeito reconheceu que ainda é preciso melhorar itens sensíveis, como a qualidade dos veículos e a frequência entre cada ônibus.

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— Concordo que nós temos que readequar as linhas e não é operação simples, mas discordo do argumento contra as faixas. Você acha que se faz a reforma do transporte em um ano? Não é só faixa que resolve. (Mas) acho que tem ainda pouca faixa.

IPTU e Controlar

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Fernando Haddad voltou a falar de duas questões sensíveis à administração municipal neste ano: a impossibilidade de aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), conforme o projeto aprovado na Câmara Municipal no fim de 2013, e a discussão sobre a inspeção veicular na capital paulista. Sobre o primeiro tema, o prefeito criticou o que chamou de “ação demagógica” que impediu o aumento.

— A revisão da PGV (Planta Genérica de Valores) está prevista por lei, o que significa que imóveis que não tiveram valorização acima da inflação teriam diminuição do IPTU, o que acontece com a maior parte da periferia, e os que tiveram valorização teriam aumento. A lei exige que o prefeito faça isso. Infelizmente, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) entrou com uma ação que, na minha opinião, foi demagógica e a Justiça aceitou.

Haddad ressaltou que, sem o aumento do IPTU, as finanças municipais devem sofrer em 2014.

— Parte dos recursos federais deixará de vir por uma questão de contrapartidas que a prefeitura não poderá oferecer. Investimentos terão de ser reprogramados. A tarifa (do transporte), pelo quarto ano, não é reajustada, mas só aumento salarial de motoristas e cobradores foi de 25%. Estamos tendo de pagar isso com recursos tesouro municipal, pelo aumento de custos.

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O prefeito de São Paulo falou também sobre a inspeção veicular, que deverá mudar na cidade a partir deste ano, com uma nova licitação e um modelo novo de gestão do tema. Ele criticou o contrato em vigor com a Controlar, empresa que detém o direito da inspeção no município até o fim do mês, um dia após a Justiça barrar um pedido dela de manter o serviço depois de janeiro.

— Esse contrato com a Controlar tem problemas de origem. Identificamos que o contrato foi condenado pela Justiça em 2ª instância, um tribunal já condenou quem o assinou por improbidade administrativa. No nosso juízo ele já tinha vencido e acreditávamos que o correto era fazer uma nova licitação.

Haddad explicou como será o novo formato da inspeção veicular na capital.

— Defendíamos que deixássemos de cobrar a taxa dos veículos que não poluem, para cobrar só dos que poluem. Não é justo pagar sem poluir. Nos três primeiros anos, a responsabilidade é da montadora e não do consumidor, se comprei um carro de boa fé, tenho que crer que a montadora o produziu de acordo legislação federal, então não vamos inspecionar esses veículos. A partir do quarto ano sim, e com dez anos (a inspeção ocorre) todos os anos. Já os veículos (movidos a) diesel terão inspeção todos os anos, já que trazem maiores problemas para a saúde. Em 2014 vamos licitar uma nova empresa e vai funcionar assim.

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