O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) exigiu a manutenção da operação do transporte público na cidade, que vem sendo prejudicada em função dos ônibus depredados e incendiados neste mês. Coletivos das linhas que atendem regiões periféricas, onde ocorreram os ataques, não têm chegado até o ponto final ou estão completamente fora de operação, em razão do medo de novos ataques.
Na noite desta quarta-feira (29), cinco linhas da zona sul não funcionaram ou saíram de circulação, afetando moradores de áreas como Jardim Jacira e Jardim Horizonte Azul, distantes cerca de 30 km do centro da capital.
De acordo com a SPTrans (São Paulo Transporte), foram prejudicados aproximadamente 120 mil passageiros.O medo tomou conta, na quarta-feira, (29) de motoristas e cobradores após manifestantes atearem fogo num ônibus que passava pela Estrada do M’Boi Mirim, que dá acesso ao extremo sul, por volta das 12h. O grupo, que protestava pela morte de um homem, interditou a via e gritou palavras de ordem como “justiça”. Esse foi o 33º coletivo incendiado somente em janeiro.
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Segundo o MP-SP, foram enviadas notificações da Promotoria da Cidadania, para saber quais providências estão sendo tomadas pela SPTrans, pelas concessionárias e permissionárias do transporte coletivo e pela coordenadoria da Polícia Militar. As medidas devem ser apresentadas em uma audiência marcada para o dia 3 de fevereiro.
O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira adiantou que haverá reforço no policiamento dos ônibus, com apoio da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar e do 2° Batalhão de Choque.