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Ministério Público vai pedir suspensão do aumento da tarifa do transporte coletivo em SP

Em contrapartida, manifestantes aceitariam suspender os protestos

São Paulo|Do R7, com Agência Brasil

Caio Martins, do Movimento Passe Livre, durante audiência pública no Ministério Público
Caio Martins, do Movimento Passe Livre, durante audiência pública no Ministério Público

O Ministério Público se comprometeu, em reunião nesta quarta-feira (12), a dialogar com o governador e prefeito de São Paulo — Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, respectivamente — para pedir a suspensão do aumento da tarifa dos transportes coletivos, ao menos por 45 dias. Em contrapartida, representantes do Movimento Passe Livre, concordariam em também suspender as manifestações em vias públicas.

Pela proposta, nesse período, uma comissão formada por representantes da sociedade civil, do Ministério Público, da prefeitura e do governo estadual faria uma avaliação dos cálculos que justificaram o aumento nas passagens. O Ministério Público comprometeu-se a apresentar a proposta nesta quinta-feira (13) ao governo do Estado e à prefeitura.

No entanto, a manifestação marcada para amanhã em frente ao Teatro Municipal foi mantida. Caso o aumento das tarifas seja suspenso ainda amanhã, o Movimento Passe Livre informou que permanecerá no local, mas para uma festa de confraternização.

Além disso, o MP também se compromete a entrar em contato com a Defensoria Pública para a libertação dos detidos na manifestação.


Manifestação

Diversos confrontos marcaram o ato que aconteceu na terça-feira. Os manifestantes iniciaram o protesto na região da avenida Paulista com a rua da Consolação e depois caminharam até o centro de São Paulo.Eles entraram em confronto com a Polícia Militar na entrada do terminal Parque D. Pedro 2º, no centro de São Paulo. Um grupo teria tentado — sem sucesso — atear fogo em um ônibus, obrigando passageiros a deixar o coletivo desesperados. A Tropa de Choque jogou bombas de efeito moral e agrediu manifestantes.


Um repórter do portal R7 também foi agredido por um policial militar. Apesar de estar identificado por um crachá, o jornalista Fernando Mellis levou um golpe de cassetete nas costas.

Policiais do BPTran (Batalhão de Trânsito) de São Paulo que acompanharam a manifestação do MPL (Movimento Passe Livre)estimaram que entre 10 mil e 12 mil manifestantes participaram do ato. Segundo a organização do Movimento Passe Livre, o número chegou a 15 mil.


gás lacrimogêneo de uma bomba assustou os passageiros que estavam esperando o trem dentro da estação Brigadeiro. Algumas pessoas chegaram a passar mal. O fato aconteceu por volta das 22h. A bomba estava em cima das grades de ventilação da estação que ficam localizadas na avenida Paulista. Com o vento, o gás lacrimogêneo se espalhou e chegou até a plataforma. O local foi fechado por cerca de dez minutos, mas foi reaberto e os trens voltaram a circular.

Próximo ato

O Movimento Passe Livre promete fazer a quarta manifestação em São Paulo contra o aumento de passagens na próxima quinta-feira (13). Desta vez, a concentração será na frente do Teatro Municipal de São Paulo, às 17h, na capital paulista. O grupo já fechou a Radial Leste, Consolação, 23 de Maio, 9 de Julho, Paulista, Rebouças, Faria Lima e marginal Pinheiros em protestos anteriores.

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