Grupo diz que está “aberto ao diálogo” e inicia terceiro dia de protesto contra aumento da tarifa em SP
Por volta das 17h, grupo se concentrava na praça do Ciclista, próximo a rua da Consolação
São Paulo|Fernando Mellis, do R7
Pelo terceiro dia em menos de uma semana, manifestantes se organizavam por volta das 17h desta terça-feira (11) para ocupar ruas de São Paulo, com o objetivo de protestar contra o aumento das tarifas do transporte público. No horário, um grupo se concentrava na praça do Ciclista, próximo a rua da Consolação e nas calçadas da avenida Paulista.
Com faixas, tambores e apitos, eles afirmaram que pretendiam caminhar em direção ao centro de São Paulo. Uma das representantes do movimento, Mayara Vivian disse que os manifestantes querem dialogar com as autoridades.
— Já que o Haddad disse que a gente não está aberto ao diálogo... Não, a gente está sim aberto ao diálogo. Só que, a gente não vai sentar em uma mesa de reunião para ficar enrolando a gente e não baixar a tarifa, como tem sido todo ano. A gente tem uma pauta clara, que é barrar o aumento da tarifa na cidade.
Leia mais notícias de São Paulo
Policiais militares do batalhão da área já estavam posicionados em volta, fazendo uma espécie de cordão. PM não impediu que os impediria de caminhada.
Primeiras manifestações
Com o lema “Se a tarifa aumentar, a cidade vai parar! Todo aumento é uma injustiça! Por uma vida sem catracas!”, o grupo reuniu aproximadamente 2.000 pessoas em cada uma das duas passeatas, de acordo com a PM. A primeira delas, na quinta-feira (6), começou no Teatro Municipal, no centro, e terminou na avenida Paulista. Os manifestantes entraram em confronto com a polícia e diversos atos de vandalismo foram registrados no percurso. O presidente do Sindicato dos Metroviários e outras 14 pessoas foram detidas.
Leia mais notícias de São Paulo
No dia seguinte, o grupo se reuniu no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e partiu em caminhada pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças até chegar à marginal Pinheiros. O protesto também teve momentos de tensão com a polícia, mas os atos de vandalismo não se repetiram na mesma proporção. Algumas pichações em ônibus e muros aconteceram.