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Mizael é "frio e psicopata", diz promotor que quer ao menos 20 anos de prisão para acusado de matar Mércia 

Acusação vai contar com irmão, perito, delegado e especialista para condenar réu

São Paulo|Vanessa Sulina, do R7

Mizael Bispo vai á júri popular a partir desta segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, Grande São Paulo
Mizael Bispo vai á júri popular a partir desta segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, Grande São Paulo Mizael Bispo vai á júri popular a partir desta segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, Grande São Paulo

Pessoa “fria” e com “perfil de psicopata”. É assim que o promotor Rodrigo Merli define Mizael Bispo, acusado de matar Mércia Nakashima em maio de 2010. O policial reformado será julgado a partir desta segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo.

— Quero que ele pegue no mínimo 20 anos. Próximo dos 25 anos, porque tem três qualificadoras, como a crueldade.

Mizael Bispo é acusado por homicídio triplamente qualificado, motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, contra a ex-namorada Mércia Nakashima. Para o Ministério Público, o réu matou Mércia porque se sentia “humilhado” por ela.

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— Ela queria ter algo descompromissado com ele, mas ele fala em cartas e e-mails que queria constituir família, inclusive com a filha dele junto. Mas ela sempre deixa claro que ela iria estar com ele na hora que ele quisesse. A Mércia mantinha um affair com ele nos últimos meses, mas escondido da família.

De acordo com o promotor, um dos e-mails que Mizael mandou para a ex-namorada dizia que ele “não aguentava mais ser humilhado por ela”, que “não aguentava mais ele ligar e ela atender quando quisesse”.

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— Ele dizia que se sentia usado por ela. Que ele chegou ao limite dele. Que não vai mais tolerar estas coisas e que ela acertaria as contas com Deus.

Provas e testemunhas

Para provar que Mizael Bispo é o autor do assassinato, Merli disse que vai mostrar no julgamento que o policial reformado mentiu quando afirmou que estava dentro de seu carro com uma prostituta, no Hospital Geral de Guarulhos, Grande São Paulo, no período em que Mércia foi morta.

— Temos prova que só o carro dele estava parado. Mizael deixou o carro lá, mas ficou circulando nos arredores da casa da vítima e da avó dela. Isso se mostra pelas antenas de celular. Todas as ligações feitas ao redor dessas residências foram sempre para conversar com o Evandro [outro acusado de participar do crime].

Ainda de acordo com o promotor, até dia 23 de maio [data da morte de Mércia], os acusados se utilizam de antenas nos bairros onde residem em Guarulhos, porém, “curiosamente” na data do crime, Evandro e Mizael usam antenas que ficam na região das da casa da vítima e da avó dela.

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Para ajudar nas acusações, o Ministério Público arrolou cinco testemunhas. A única próxima ao casal é o irmão da vítima, Márcio Nakashima. As outras são Antônio Olim, delegado que presidiu o inquérito policial, o perito criminal, Carlos Eduardo Bicudo, o advogado que acompanhou depoimentos, Arles Gonçalves Júnior, e o engenheiro especialista em telecomunicações, Eduardo Amato.

Relação entre Mizael e Evandro

A ligação entre o vigia Evandro Bezerra da Silva, também acusado de ajudar no assassinato de Mércia, e Mizael Bispo será apresentada pela promotoria por meio da lista de ligações. Só no dia do crime, segundo Merli, foram 19 conversas entre os dois.

O promotor ainda disse que Mizael Bispo usou um “celular frio” para se comunicar com o vigia. No dia do crime, a última vez que se falaram foi às 19h42 e estavam usando a mesma antena de celular, que era no caminho para se chegar à estrada Nazaré/Guarulhos. Na segunda-feira depois do assassinato, Mizael jogou o telefone fora e não avisou para a polícia da existência desse aparelho.

Para o Ministério Público, Silva responde por homicídio duplamente qualificado por ter participado da ação, já que buscou o réu na represa de Nazaré logo após o crime. Em seus depoimentos, Silva afirmou que foi buscar Mizael ao local, por volta das 21h, mas diz não saber da participação do policial reformado no crime.

Uma testemunha chave que ajudou a polícia a encontrar o corpo, um pescador do local, contou em depoimento que viu o carro afundar na represa cerca de 40 minutos antes de chegar a sua casa, que seria por volta das 8h40, horário em que o crime aconteceu, segundo a promotoria.

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