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Motoristas e cobradores vestem nariz de palhaço em SP

Comerciantes de dentro do terminal relatam que podem perder até R$ 4.000 com greve

São Paulo|Do R7

Motoristas reclamam que situação é insustentável
Motoristas reclamam que situação é insustentável Motoristas reclamam que situação é insustentável

Motoristas e cobradores de ônibus que aderiram a paralisação na manhã desta quarta-feira (21) vestiram nariz de palhaço no Terminal Lapa, na zona oeste de São Paulo, que está fechado. Alguns, como Gilberto Cardoso, de 45 anos, estão no local desde às 4h da manhã desta terça-feira (20).

— Nenhum representante veio falar conosco. O nosso aumento, sem contar a inflação, é de apenas 2,4%.

Outro motorista, se revelar sua identidade, também falou de seu descontentamento com a situação.

— Há muito tempo é essa palhaçada. Eles prometem um aumento, nós esperamos, mas ele não vem. Sentimos muito pela população, mas a greve é necessária.

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A vendedora Gisele Amorim, de 26 anos, não sabe se conseguirá chegar à loja onde trabalha em Moema, na zona sul.

— Já liguei para a patroa. Vou esperar um pouco e ver como vai ser, senão vou para casa. É uma pena porque sou a única vendedora da loja.

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Além dos passageiros, comerciantes dentro do terminal também sofrem com a greve. A dona de um dos quiosques de lanche estima um prejuízo de até R$ 4.000 por causa desta greve. Segundo ela, o aluguel do ponto de venda é de R$ 6.000 por mês.

— Não tem passageiros, não tem venda. "Quebraram nossas pernas". É uma situação complicada porque eles têm o direito a greve, mas também estamos sendo prejudicados.

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Já a auxiliar administrativa Bruna Nascimento, de 19 anos, disse que está desde as 7h no terminal e que deve voltar para a casa. De acordo com ela, os dois ônibus que passam próximos ao trabalho saem do Terminal Lapa.

— Vou voltar porque não tem jeito de ir. A empresa está vendo se manda um carro para nos buscar, mas não sei e tenho medo da volta.

Um fiscal que não quis se identificar está no Terminal Lapa para "zelar pelo patrimônio da empresa" Santa Brígida. Ele está com as chaves dos ônibus que não estão acompanhados pelos motoristas e cobradores.

— Muitos não aguentaram mais, porque estavam aqui desde a madrugada de ontem e foram embora sem rendição. Infelizmente, por não terem ficado com o patrimônio da empresa, devem ser penalizados.

O fiscal disse que apoia a luta dos motoristas e cobradores e lamenta que o sindicato dos fiscais não faça parte do movimento.

— A paralisação é justa e chegou a vez de São Paulo.

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