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MPT processa empregadores de idosa em condição de escravidão

Órgãos pediram à justiça que réus sejam condenados ao pagamento de R$ 1 milhão em indenização por danos morais individuais à idosa

São Paulo|Do R7

Idosa vivia em depósito da casa sem acesso a banheiro
Idosa vivia em depósito da casa sem acesso a banheiro Idosa vivia em depósito da casa sem acesso a banheiro

O Ministério Público do Trabalho de São Paulo e a Defensoria Pública da União processaram, em ação no último dia 1º (quarta), os empregadores de uma doméstica de 61 anos em condição análoga à de escravo no Alto de Pinheiros, bairro nobre de São Paulo.

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Os órgãos pediram à justiça que as partes processadas sejam condenadas ao pagamento de R$ 1 milhão em indenização por danos morais individuais à idosa.

Na ação, MPT e a DPU determinam ainda que os réus efetuem imediatamente o pagamento de um salário-mínimo por mês até o processo terminar, além de um salário mínimo mensal como indenização pelo dano material sofrido pela idosa até que sua aposentadoria seja concedida pelo INSS, e o pagamento de valores correspondentes à aposentadoria por idade no valor de um salário mínimo, de janeiro de 2019 até o atual julgamento.

Pediram, também, uma atuação jurisdicional inibitória, que significa que a justiça impeça alguma ação futura dos empregadores, levando-se em conta a situação de submissão da doméstica, para evitar que os réus voltem a causar danos similares a outras pessoas.

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O caso

Testemunhas confirmaram a situação de “trabalho escravo moderno”
Testemunhas confirmaram a situação de “trabalho escravo moderno” Testemunhas confirmaram a situação de “trabalho escravo moderno”

Há cerca de duas semanas, uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho com participação do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado e uma equipe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) cumpriu um mandado de busca e apreensão em um imóvel no Alto de Pinheiros, na zona oeste paulistana.

A vítima, uma idosa em condição análoga à de escravo, trabalhava para a família desde 1998. Uma das empregadoras foi presa em flagrante, mas pagou fiança e foi liberada.

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Veja também: Após denúncia, idosa escravizada em bairro nobre de SP é resgatada

Ao chegar no local, o grupo encontrou a doméstica em um depósito de móveis, no quintal da casa, dormindo em um sofá velho, sem alimentação ou sequer acesso a banheiro. Ela tampouco recebia salário regular.

Testemunhas confirmaram a situação de “trabalho escravo moderno”, agravada pela vulnerabilidade da vítima. Moradores vizinhos informaram que a idosa trabalhava para os moradores da residência em troca de moradia e que a ajudavam com alimento e itens de higiene em várias ocasiões. Eles também relataram episódios de discussão e de omissão de socorro.

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