Mulher da mansão abandonada briga com Luisa Mell por cadela: “Ela é minha. Não vai pegar essa”
Influenciadora e policiais entraram na casa de Margarida Bonetti, em área nobre de São Paulo, nesta quarta-feira
São Paulo|Do R7
A entrada da Polícia Civil na mansão onde vive a "mulher da casa abandonada" em uma área nobre de São Paulo rendeu nesta quarta-feira (20) um embate entre a moradora do imóvel, a idosa Margarida Bonetti, e a influenciadora e ativista pelo direito dos animais Luisa Mell.
A polícia entrou no local amparada em uma decisão judicial. Os agentes investigam possíveis maus-tratos em animais e também se houve abandono de incapaz por parte de familiares da idosa, de 68 anos. Ela vive no imóvel que tem aparência de abandonado em condições precárias. Dois cachorros já haviam sido retirados do local pela polícia após denúncia do Instituto Luisa Mell.
O caso se tornou conhecido em podcast do jornal Folha de S.Paulo, que mostrou que a mulher ficou famosa no bairro de Higienópolis por aparecer sempre com uma pomada branca no rosto. No passado, Bonetti foi processada nos Estados Unidos por manter uma empregada em condições análogas às da escravidão. Ela veio para o Brasil antes de o processo ser concluído.
Luisa Mell transmitiu sua entrada na casa por meio de uma live nas redes sociais. No vídeo, é possível ver o momento em que Margarida Bonetti retira sua cadela das mãos da influenciadora. “Ela é minha, não vai pegar essa também não. Não mesmo.” Bonetti também afirmou que gostava muito de Luisa Mell antes dos recentes acontecimentos.
Discussão
Após a discussão, a cachorra ficou em poder dos policiais. Os agentes afirmaram que o animal morava em meio ao lixo. Segundo o chefe dos investigadores da Seccional Centro da Polícia Civil, Luiz Zaparolli, o cachorro seria levado para um abrigo municipal.
Mudança
Margarita Bonetti foi vista deixando o imóvel por volta das 20h e sem dar entrevista. A expectativa é que, após a operação, ela se mudasse para a casa de parentes. Bonetti tem um filho que reside na mesma região.
A Prefeitura de São Paulo vistoriou o imóvel durante a operação da polícia e constatou que não havia nenhum risco estrutural iminente na permanência da idosa no local. Em relação à insalubridade, o engenheiro Álvaro Godoy Filho, da Subprefeitura da Sé, afirmou que uma limpeza poderia solucionar o problema, mas que outras análises mais aprofundadas ainda seriam realizadas.
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O mandado de busca e apreensão foi cumprido por equipes da 1ª Delegacia Seccional do Centro, com auxílio da Polícia Científica e da Subprefeitura da Sé.