“Não tem o que fazer. Já mataram minha irmã”, diz familiar de vítima

A família de Maria Irlene Soares da Silva, morta durante uma cirurgia de lipoaspiração e implante de silicone na Clínica Wagner Fiorante, localizada na Vila Nova Conceição, zona sul de São Paulo, nesta quinta-feira (13), declarou que acredita em negligência médica. Para Maria Alice, uma das irmãs da vítima, a clínica foi irresponsável.

— Acredito que minha irmã não fez os exames necessários. Para mim, foi negligência médica. É muita falta de responsabilidade. Infelizmente não tem outra coisa para fazer. Já mataram a minha irmã.

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Maria Alice conta que não sabia que a irmã ia realizar a cirurgia. Segundo ela, dois de seus filhos e uma outra irmã tentaram convencer Maria Irlene e desistir da operação.

— Disseram para ela não fazer, mas ela estava decidida e foi fazer.

Os filhos, de 22 e 26 anos, levaram a mãe até a clínica por volta das 5h desta quinta-feira. A cirurgia estava marcada para as 6h. Por volta das 10h, a clínica entrou em contato com os dois para informar que Maria Irlente havia falecido.

— Falaram que, infelizmente, deu parada e eles não tiveram como fazer nada.

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Segundo o delegado Paul Henry Verduraz, responsável pelo caso, o médico que realizou o procedimento disse à polícia que a clínica é autorizada e que a equipe fez tudo o que pode.

— Ele falou que é credenciado e que houve uma fatalidade. Segundo ele, ela fez todos os exames e houve uma parada cardíaca. No local existem os equipamentos necessários e a equipe realizou todos os procedimentos [para reanimar a vítima].

Nesta tarde, Maria Alice ainda aguardava a liberação do IML (Instituto Médico Legal) do corpo da irmã e disse que a família deve entrar com uma ação contra a clínica.

— Com certeza vamos entrar.

Maria Irlene tinha 43 anos e três filhos. A polícia vai abrir um inquérito para apurar o caso. Procurada pela reportagem, a clínica informou que não irá se manifestar sobre o caso neste momento.

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