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“Não tem para onde correr, agora quer inventar coisas da minha filha”, diz mãe de Bianca

Marta Consoli refuta o que chama de “mentiras” contidas em carta de confissão de Dota

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Bianca Consoli foi morta dentro de casa em setembro de 2011
Bianca Consoli foi morta dentro de casa em setembro de 2011

Barbaridades. Foi assim que Marta Consoli, mãe de Bianca Consoli, morta em setembro de 2011, definiu as alegações do motoboy e ex-genro Sandro Dota, acusado pelo crime, em uma carta na qual ele confessa ter matado a universitária, então com 19 anos. Ela diz não acreditar em nenhuma linha da carta de três páginas, divulgada pela nova defesa do réu.

— Isso é tudo manipulado. É tudo junto com advogado, falando coisas que são inverdades. Isso daí, desde que quando ela foi assassinada, é um monte de mentira dele, uma em cima da outra. Larga uma mentira daqui e pega outra mentira dali É o que ele está aprontando: mentiras, mentiras e mentiras. Ele não tem para onde correr, agora quer inventar coisas da minha filha, quer fazer passar a minha filha como (alguém) ruim. Ela era maravilhosa.

Em entrevista ao R7, a mãe de Bianca refutou qualquer possibilidade da jovem ter tido qualquer desentendimento com um sobrinho, filho da irmã Daiana. Foi isso, segundo a carta de Dota, que o fez ir até a casa da jovem e, após uma discussão e agressões, tê-la matado. O motoboy nega, porém, o estupro do qual é acusado.

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Marta Consoli diz que tal briga é impossível de ter acontecido.


— Imagina, a Bianca amava essas crianças (sobrinhos), jamais, não teve briga nenhuma. É só estratégia deles, é tudo mentira. Isso aí é o Sandro, junto com o advogado dele, tentando formar alguma estratégia, alguma coisinha para ele inventar. É tudo mentira. A minha filha amava essas sobrinhos dela, ela dava a vida por eles. Ele vai falar um monte de coisa, ele pode falar, mas nada disso é verdade. O que eu sei é que minha filha amava os filhos da Daiana, ela era muito carinhosa com as crianças. Eu não sei onde o Sandro foi arranjar essa barbaridade.

Tudo que a mãe de Bianca espera nesse momento é que Dota seja condenado no julgamento do próximo dia 16 de setembro, no Fórum Criminal da Barra Funda. O primeiro júri popular, no dia 23 de julho deste ano, acabou adiado após o motoboy pedir a desconstituição do seu advogado na época, Ricardo Martins.


— Metade de mim está enterrada naquele cemitério. Só acredito que ele matou ela. Ele matou e estuprou, não vou parar de dizer isso até o dia da minha morte. Ele desde o começo dizia que não tinha matado e agora diz que matou. Eu nunca tive dúvidas.

O caso

O corpo da universitária Bianca Consoli, 19 anos, foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir à academia.

Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada pela estudante, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram localizadas mechas de cabelo pelos degraus. Dentro da garganta da vítima, a polícia encontrou uma sacola plástica, usada pelo autor para asfixiar a universitária.

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