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"Não vamos alterar nada", afirma Tarcísio de Freitas sobre o uso de câmeras corporais pela PM

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas apontou queda de 57% de mortes decorrentes de intervenção policial

São Paulo|Letícia Dauer, do R7

Programa de câmeras corporais poderá ser revisto futuramente pelo governador
Programa de câmeras corporais poderá ser revisto futuramente pelo governador Programa de câmeras corporais poderá ser revisto futuramente pelo governador

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que vai manter o programa de câmeras corporais da Polícia Militar, conhecido como “Olho Vivo”. Ele se manifestou sobre o tema na tarde desta quinta-feira (5), após reunião com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e secretários estaduais.

“Neste primeiro momento, nada muda. A gente vai tocar o projeto das câmeras como está. Tem gerado suas repercussões positivas e trazido uma percepção de segurança para segmentos importantes da sociedade mais vulneráveis que precisam dessa percepção de segurança”, justificou o governador.

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Durante entrevista à rádio "Cruzeiro", de Sorocaba, ocorrida na quarta-feira (4), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que o uso das COPs (Câmeras Operacionais Portáteis) seria revisto. Questionado sobre a fala, Tarcísio explicou que futuramente o governo deve reavaliar o programa assim como será feito com outras políticas públicas.

Redução de letalidade

Em dezembro do ano passado, o Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública da Fundação Getúlio Vargas divulgou uma pesquisa que avaliou de forma positiva o impacto do uso de câmeras corporais pela PM. Pelo menos 104 mortes foram evitadas nos primeiros 14 meses, considerando apenas a região metropolitana de São Paulo.

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O estudo também apontou a redução em 57% do número de mortes decorrentes de intervenção policial nas áreas que utilizam a tecnologia, em relação à média do período anterior à implantação dos equipamentos.

As câmeras portáteis passaram a ser adotadas em junho de 2021. Segundo a conclusão dos pesquisadores, os dispositivos não inibem o trabalho dos agentes de segurança, mas auxiliam na redução dos índices de criminalidade.

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Ministério

O Ministério dos Diretos Humanos e da Cidadania divulgou uma nota nesta quinta-feira demonstrando “preocupação" com a declaração do secretário de Segurança Pública de São Paulo sobre a reavaliação do programa Olho Vivo.

“Esperamos que toda e qualquer revisão do programa seja lastreada nas melhores evidências disponíveis e tenha como objetivo precípuo o respeito e a proteção do direito humano à vida, tanto dos trabalhadores da segurança pública quanto da população em geral”, afirmou a pasta.

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