Em 2017, 204 pessoas morreram em supostas oposições às abordagens policiais
Reprodução/FacebookO número de pessoas que morreram em supostas resistências às abordagens da polícia na capital paulista subiu 17,24% no primeiro semestre de 2017 comparado ao mesmo período do ano passado.
De janeiro a junho deste ano, 204 pessoas foram vítimas de casos registrados como “morte decorrente de oposição à intervenção policial”, de acordo com os dados divulgados pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), nesta terça-feira (25). No ano passado, 174 pessoas morreram nesses casos.
Com a atualização, o número de pessoas mortas em abordagens da polícia sobe para 1.355 na série histórica divulgada pela pasta, iniciada em janeiro de 2013. O primeiro semestre deste ano foi o segundo maior da série, atrás dos seis primeiros meses de 2015 que tiveram 220 mortes, 16 a mais que neste ano.
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A cor da pele de 65,7% dos mortos era negra (pretas e pardas), isso significa que dois em cada três mortos em supostas oposições às intervenções da polícia são negros. Enquanto os brancos são 31,4% dos mortos e 2,9% tiveram a cor da pele registrada como “outros”.
O bairro que mais teve mortos em supostas resistências às abordagens foi Vila Andrade, na zona sul de São Paulo, com oito vítimas. Na sequência, seis bairros tiveram sete mortes cada: Brasilândia (zona norte), Iguatemi (zona leste), Itaim Paulista (zona leste), Pirituba (zona oeste), Rio Pequeno (zona oeste) e Sapopemba (zona leste).
*Kaique Dalapola, estagiário do R7