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Ossadas de mortos durante a Ditadura não foram roubadas, diz secretaria

Apesar de vandalismo e invasão, restos mortais de vítimas do regime estão intactas

São Paulo|Do R7

Vandalismo em cemitério não envolveu ossadas, diz SMDHC
Vandalismo em cemitério não envolveu ossadas, diz SMDHC

A SMDHC (Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania) e Serviço Funerário Municipal negaram neste domingo (3) que ossadas de mortos durante a Ditadura Militar tenham sido levadas por vândalos do Cemitério do Araçá, na zona oeste da capital paulista, na madrugada deste domingo (3), logo após o Dia de Finados.

O local foi alvo de vandalismo ao longo da madrugada, quando estátuas de santos e outras obras religiosas foram derrubadas e quebradas. Entretanto, as informações de que restos mortais teriam sido retirados do ossário-geral não procedem, segundo os dois órgãos municipais.

O Cemitério do Araçá foi alvo de vândalos menos de 24 horas depois do ato inter-religioso realizado pelo Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, em parceria com diversas outras instituições que atuam no tema em São Paulo, homenageando as pessoas que lutaram pela democracia e que sofreram violações aos direitos humanos durante a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985).

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De acordo com a SMDHC, as 1.049 ossadas encontradas em uma vala clandestina no Cemitério D. Bosco, em Perus, entre as quais possíveis despojos de mortos e desaparecidos políticos e vítimas do Esquadrão da Morte, estão intactas e não foram retiradas pelos vândalos do ossário-geral. Quatro estátuas e elementos de uma exposição que seria aberta no local neste domingo foram danificados.

A Polícia Civil está investigando o caso, que será acompanhado pela SMDHC. Já as ossadas seguem guardadas no cemitério, aguardando a possível retomada das investigações sobre os abusos cometidos durante a Ditadura Militar.

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