Para advogado, provas são suficientes para "manter Mizael preso por muitos anos"
Acusação diz que depoimento de testemunha não prejudicou; defesa fala em provas plantadas
São Paulo|Ana Ignacio e Joyce Carla, do R7
O assistente de acusação, Alexandre de Sá, declarou que o depoimento do perito criminal Renato Pattoli não prejudicou o trabalho da promotoria. Segundo ele, nem mesmo a contradição de Pattoli sobre a terra encontrada no sapato de Mizael — o perito afirmou, em um momento, que o material era compatível com o da represa e depois disse que não era — é negativa para a acusação.
— Isso não prejudica em nada a tese da acusação, até porque a alga não estava na terra porque, conforme depoimento de Bicudo [biólogo ouvido no primeiro dia de julgamento] a alga não adere à terra.
Além disso, Sá disse que há muitas provas contra Mizael.
— Dizemos que há muitas coincidências no sapato de Mizael. Há quatro substâncias no sapato dele que podem ser da represa. Temos um conjunto de provas, uma corrente forte que vai manter Mizael preso por muitos anos pela morte de Mércia Nakashima.
Por fim, o assistente de acusação disse que a defesa fez seu papel de questionar as provas, mas diz acreditar que algumas das perguntas foram "absurdas".
— Estão fazendo uns questionamentos absurdos, parece até que eles têm dúvida se o carro da Mércia estava na represa, se Mércia foi assassinada.
Ao sair do plenário, Ivon Ribeiro, advogado do réu, disse a jornalistas que a alga encontrada no sapato Mizael poderia ter sido “plantada”.
— Sim, é evidente. Estão plantando provas para incriminar meu cliente.
Para o promotor do caso, Rodrigo Merli, as informações trazidas por Pattoli durante o depoimento desta quarta-feira só comprovam o que o biólogo Bicudo já havia dito no primeiro dia do júri.
Segundo ele, a planta já estava no sapato e foi colhida em período “mais que suficiente” para ser classificada. Ele afirma que a coleta foi feita 23 dias após a data do crime e a análise do material poderia ser feita em até um ano, uma vez conservada.
Ele reforçou ainda que tanto Bicudo quanto Pattoli afirmaram que a alga não se desenvolve na terra.
— Pouco importa que a terra seja incompatível.
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