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Para grupo acampado em frente à sede do governo de SP há três dias, R$ 0,20 é só o começo

Cerca de 15 pessoas querem uma reunião com o governador para apresentar propostas

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Grupo em frente ao palácio no dia seguinte ao protesto
Grupo em frente ao palácio no dia seguinte ao protesto SERGIO CASTRO/ESTADÃO CONTEÚDO

Na noite de segunda-feira (17), um grupo de manifestantes chegou à frente do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona oeste de São Paulo, após a divisão do protesto contra o aumento das tarifas do transporte público. Alguns integrantes tentaram invadir a sede do governo paulista e houve reação por parte da Polícia Militar. Quando os ânimos se acalmaram, poucos permaneceram. Nesta quarta-feira (19), apenas cerca de 15 pessoas continuavam lá, com um objetivo: levar uma pauta de reivindicações ao governador Geraldo Alckmin.

Nem a revogação do aumento, anunciada pelo governador, Geraldo Alckmin, e pelo prefeito, Fernando Haddad, fez com que eles mudassem de ideia. O grupo a atitude de ficar sentado na calçada, em frente ao portão 2 do palácio, como um ato de ocupação. Cada um passa determinado tempo, volta para casa e retorna ao local de protesto. No período em que permanecem sentados recebem água e comida de algumas pessoas que passam por lá.

O carinho dos motoristas eles já conquistaram. Com uma placa, escrita à mão, pedem para quem apoiá-los buzinar. Não faltaram buzinadas enquanto a reportagem do R7 entrevistava alguns integrantes do grupo.

Todos eles se conheceram após o protesto organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre), na segunda-feira, apesar de não serem integrantes do movimento. O estudante Anderson Rocha, questiona outros assuntos relacionados.


— Os R$ 0,20 é só o começo de algumas mudanças que precisam acontecer. A gente quer uma reunião com o governador para levar uma pauta de reivindicações. Entre elas, que os aumentos da tarifa [do transporte público] não saia mais do bolso da população.

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O bacharel em história Paulo Correa argumentou que o valor gasto pelo governo com a revogação do aumento será pago de outras formas. Nesta quarta-feira, Alckmin disse que usará dinheiro do tesouro do Estado e de obras ainda não iniciadas para custear o retorno à tarifa antiga.

— Não é porque reduziu os R$ 0,20. Não reduziu em nada. Isso será repassado para outros impostos que vão ser disfarçados para a população. Portanto, as pessoas devem continuar aqui, nós vamos nos revezar. Vai haver aqui um movimento de ocupação e não vamos sair daqui até que haja uma reforma política muito mais ampla, que estamos necessitando.

Se dizendo otimistas, todos garantem que vão resistir às madrugadas frias e aos dias de chuva, de forma pacífica, até que haja um posicionamento de alguma autoridade do outro lado do portão. 

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