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PM entra em alerta e 11 veículos são queimados em cidades do interior de São Paulo

Descoberta de plano de resgate de líder de facção fez polícia entrar em alerta

São Paulo|

Em Promissão, três ônibus, dois caminhões e um carro foram incendiados na madrugada desta segunda-feira (3)
Em Promissão, três ônibus, dois caminhões e um carro foram incendiados na madrugada desta segunda-feira (3) Em Promissão, três ônibus, dois caminhões e um carro foram incendiados na madrugada desta segunda-feira (3)

Na mesma noite em que a Polícia Militar soltava um alerta pelo o rádio interno da corporação, pedindo aos policiais cuidados com possíveis ações do crime organizado contra prédios e forças públicas, pelo menos 11 veículos foram incendiados nesta segunda-feira (3) em cidades do interior de São Paulo. O alerta levou em conta a descoberta de um plano para resgatar líderes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), entre eles Marco Willians Camacho, o Marcola, na Penitenciária 2, de Presidente Venceslau, revelado pelo Estadão.

Seis deles — três ônibus, dois caminhões e um carro — foram queimados em ataques com coquetel molotov, na madrugada de segunda-feira, em Promissão, a 467 km de São Paulo. Em Bauru, cidade distante a 140 km de Promissão, dois carros foram encontrados incendiados na madrugada, mas, segundo a polícia, os incêndios não têm relação com os ocorridos em Promissão. A cidade de Assis registrou dois veículos queimados e, Santa Cruz do Rio Pardo, um.

Em Promissão, um dos coquetéis chegou a ser lançado contra a base da PM, mas se apagou antes de explodir. Três menores, de 13, 14 e 16 anos, e um adulto de 18 anos, foram detidos com uma garrafa de dois litros de gasolina e quatro pinos de cocaína. Eles confessaram os crimes, mas a polícia suspeita que o PCC pode ter contratado o grupo para executar os ataques.

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Segundo Renata Stâncio, uma das donas de um veículo queimado, o grupo recebeu dinheiro para cometer o ataque.

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— A PM nos disse que os menores teriam falado que receberiam R$ 150 para fazer os ataques. Mas tinha de ser com nosso carro?

Ela e o marido, o operário Genilson Stâncio, dormiam na casa deles, quando sentiram o cheiro de fumaça.

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— Ainda bem que saímos a tempo de evitar um prejuízo maior.

Segundo o delegado Marco Aurélio Pavanelli, que atendeu a ocorrência, os quatro negaram que tivessem sido contratados pelo PCC, mas disse que essa hipótese está sendo investigada pela polícia. Segundo o capitão Márcio Costa da Silva, responsável pela PM na região, o menor de 14 anos disse que chamou os colegas para ajudá-lo nos ataques a pedido de um homem que teria feito contato com ele na escola. A polícia tenta identificar esse homem.

Os ataques foram feitos em diferentes pontos da cidade como conta o motorista Marcos Gonçalves que teve o ônibus que trabalha totalmente destruído, no Jardim Nosso Teto. O veículo não tinha seguro.

— Quando acordei vi o ônibus pegando fogo e não pude fazer nada. 

No bairro Bom Viver, duas cabines de carretas foram incendiadas. Uma delas pegou fogo parcialmente, mas a outra, do caminhoneiro Rafael Aragão, ficou destruída. Ele viajaria para o interior da Bahia, mas ao acordar teve a decepção.

— Nem sei como vou dar conta do prejuízo.

No Jardim Alvorada, o motorista Luís Henrique de Oliveira Júnior acordou com o barulho, entrou no ônibus pegando fogo, retirou o extintor e debelou as chamas, que queimaram uma poltrona e parte do teto do ônibus. O veículo pertence à usina de açúcar e álcool Renuka.

— Minha mulher ficou com medo, mas deu tudo certo.

Os menores foram enviados para o Juizado da Infância e da Juventude e devem ser recolhidos para na Fundação Casa. Dois deles já tinham passagens por roubo e furto. O adulto não tinha passagens pela polícia, mas foi preso em flagrante.

Outros casos

Em Sorocaba, o assassinato de dois policiais com características de execução no espaço de três semanas pôs em alerta a PM. Oficiais acreditam que seus homens podem estar sendo vítimas de ataques do PCC. A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou ontem que "nenhuma hipótese é descartada". 

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