PMs presos são suspeitos de duas execuções no Butantã
Em sua decisão, juiz decretou a prisão temporária dos policiais pelo prazo de 30 dias
São Paulo|Da Agência Brasil
Os cinco policiais do 23º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo que foram presos ontem (11)são suspeitos de matar duas pessoas — acusadas de roubo — e de forjar as cenas do crime. Por meio de nota, a PM (Polícia Militar) informou que eles foram recolhidos “administrativamente, de imediato”, após pedido de prisão feito pela Corregedoria e acatado pelo juiz Fernando Oliveira Camargo, da 5ª Vara do Júri, na quinta-feira (10).
Em sua decisão, o juiz decretou a prisão temporária dos policiais, pelo prazo de 30 dias, por causa das mortes de Paulo Henrique Porto de Oliveira e de Fernando Henrique da Silva. O juiz determinou a necessidade de custódia cautelar dos investigados para elucidação do caso, uma vez que, segundo ele, "há sérios indícios de que os fatos teriam sido totalmente alterados por policiais militares por ocasião dos depoimentos prestados por eles na Delegacia de Polícia, o que demonstra que, em liberdade, poderão tentar prejudicar, ainda mais, as investigações”.
O crime ocorreu na segunda-feira (7), na região do Butantã, zona oeste da capital. Um vídeo de uma câmera de segurança mostrou Paulo Henrique Porto de Oliveira sendo rendido, revistado, algemado e depois baleado pelos policiais. Fernando Henrique da Silva conseguiu fugir para dentro de uma casa, mas também foi morto. Os policiais, no entanto, alegam que ambos foram mortos em um tiroteio.
Em nota, a corporação militar destaca que "atua rigorosamente na depuração interna, sendo implacável contra desvios de conduta”.
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