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“Polícia agiu corretamente”, diz secretário sobre homem baleado em protesto

Fernando Grella ressaltou que caso é apurado pelas polícias Civil e Militar

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Secretaria da Segurança Pública divulgou foto de objetos apreendidos com o estoquista e com um amigo
Secretaria da Segurança Pública divulgou foto de objetos apreendidos com o estoquista e com um amigo

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, defendeu nesta segunda-feira (27), os policiais militares que atiraram no estoquista Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, durante um protesto na região central de São Paulo, no último sábado. Mesmo assim, Grella ressaltou que o caso será investigado pelas polícias Militar e Civil.

— A polícia agiu corretamente. Nós tivemos a manifestação, inicialmente pacífica. A polícia cumpriu seu papel, que é de resguardar e assegurar a tranquilidade da manifestação. Mas a polícia tem que agir quando há quebra da ordem. Nós assistimos à quebra da ordem, atos de vandalismo, não foram atos de manifestantes. A polícia teve que agir e deter pessoas. É o seu papel.

O secretário disse que avaliou um vídeo que sustenta a versão da polícia. Segundo ele, o estoquista portava um estilete e tentou atacar o tenente Ricardo Torres de Almeida, que havia caído no chão, após tentar abordar o jovem, que corria, na rua da Consolação.

— As imagens que me foram mostradas são de uma agressão que, em tese, justificaria a legítima defesa. Esse fato e outros individuais, evidentemente, serão apurados em um contexto de um inquérito policial civil e inquérito policial militar.


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Grella ainda explicou que Chaves estava junto com Marcos Salomão Rosencrantz, de 25 anos. A polícia diz ter encontrado estiletes, máscara, uma chave de grifo e artefatos suspeitos.


— Eu tenho aqui as fotos dos objetos apreendidos e não acho que seja manifestante quem anda com estiletes, com materiais supostamente explosivos, com bolinhas de gude, com outros instrumentos que servem muito mais para agressão. Não acho que sejam pessoas dadas à manifestação.

O delegado do 4º Distrito Policial (Consolação), Luciano Pires, acrescentou que a perícia vai identificar se o material era algum tipo de bomba caseira.

— Na mochila do Fabrício tinha estilete e um artefato que aparentemente nós não temos condições de afirmar ser explosivo. Depois que a perícia verificar é que nós vamos saber. Aparentemente é, mas não podemos afirmar.

Chaves permanece sedado e respira sem ajuda de aparelhos na UTI da Santa Casa de Misericórdia. Segundo o último boletim médico divulgado, o quadro dele é grave, porém estável. Os disparos atingiram o ombro e a virilha do jovem. 

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