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Polícia vai investigar incêndio em favelas, diz Alckmin

Governador negou falta de água durante o combate ao fogo na região do Campo Belo

São Paulo|

Incêndio destruiu favela
Incêndio destruiu favela Incêndio destruiu favela

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) informou, nesta segunda-feira (8), que a polícia investigará o incêndio em favelas no Campo Belo, zona sul de São Paulo.

— Vai haver uma investigação para verificar o que ocasionou o incêndio: se foi curto circuito, ou se foi excesso de carga — disse após realizar uma visita em uma feira de cosméticos no ExpoCenter Norte, na Vila Guilherme, zona norte da capital.

Por volta das 21h deste domingo, o fogo se espalhou pelas favelas do Piolho e da Chácara, localizadas na Avenida Jornalista Roberto Marinho.

O Corpo de Bombeiros informou que uma perícia será realizada na área para averiguar a razão da ocorrência. O incêndio forçou a saída de cerca de 500 famílias de suas casas às pressas e fez com que os moradores colocassem os pertences na via pública.

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Apesar de não conhecer a causa oficial do incêndio, moradores relataram que problemas elétricos podem ter levado ao início do fogo. Em uma das entradas das favelas, era notável o acúmulo de fios em um dos postes da rede pública. Para o Corpo de Bombeiros, as estruturas de barracos contribuiu para que o fogo se espalhasse rapidamente.

— Comunidades como essas representam perigo iminente de incêndio pela quantidade de material combustível que têm em seu interior, como barracos de madeira — disse o coronel Sérgio Moretti, comandante do 1º Grupamento dos Bombeiros e chefe da operação na noite deste domingo (7).

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Água

Durante o combate às chamas, a reportagem presenciou a tentativa dos bombeiros em acessar um hidrante na Rua Cristóvão Pereira, nas imediações das favelas. O equipamento, no entanto, não abria para que se pudesse abastecer as viaturas. 

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O governador negou nesta segunda-feira (8) que tenha faltado água no momento que o Corpo de Bombeiros combatia o incêndio e afirmou que os problemas dos hidrantes localizados na região são de responsabilidade da Prefeitura.

— Não temos falta de água em São Paulo. Não existe. E nem racionamento — disse o tucano.

Alckmin afirmou ainda que vai buscar fazer uma parceria com a Prefeitura para ajudar as famílias que perderam suas moradias no incêndio.

O coronel Sérgio Moretti reforçou que o problema no hidrante não afetou o trabalho das equipes.

— Não houve falta d'água. Recorremos a outros hidrantes e também contamos com o auxílio de prédios próximos que nos cederam água.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que 36 viaturas agiram na operação, com 96 homens e 239 mil litros de água. O combate foi iniciado às 21h de domingo, e o fogo foi controlado por volta da 0h30 desta segunda-feira.

Sobre o problema no hidrante, o governo esclareceu que "houve um problema operacional em um dos hidrantes".

— No entanto, tal problema não comprometeu os serviços de combate ao incêndio. É lamentável, por isso, perceber que alguns setores estão usando a imprensa, sabe-se lá com que fins, para atacar o respeitável trabalho do Corpo de Bombeiros.

Rescaldo

Nesta segunda-feira, o cenário era de total destruição nas favelas que foram tomadas pelo fogo. Desde as 6h da manhã, moradores voltaram ao local para tentar retirar os destroços carbonizados, limpar a área e começar a demarcar novamente os terrenos.

Dois abrigos receberam parte das famílias. Outra parte dos moradores, no entanto, recusou-se a deixar a região e montou barracas nas imediações da favela.

No fim da manhã desta segunda-feira, cerca de 30 pessoas chegaram a fechar a Roberto Marinho com tapumes de madeira, em protesto por melhores moradias. Após conversas com a Polícia Militar, a via foi liberada. No início da tarde, bombeiros ainda estavam no local em operação de rescaldo do incêndio.

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