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Policial militar é preso suspeito de envolvimento em chacina na Grande SP

Soldado foi baleado na mesma hora dos crimes e versão dele não convenceu investigadores

São Paulo|Do R7, com Rede Record

Oito pessoas morreram em ataques durante a madrugada
Oito pessoas morreram em ataques durante a madrugada

Um policial militar de 37 anos, que não teve o nome divulgado, está preso por suspeita de participação dele na chacina que deixou sete mortos e três feridos (dois em estado gravíssimo) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, na madrugada deste sábado (26) — a polícia, chegou a afirmar que oito pessoas haviam morrido, mas de acordo com funcionários das agências funerárias para onde os corpos foram encaminhados, sete pessoas morreram. De acordo com os agentes, a confusão ocorreu porque uma das vítimas foi comunicada como morta na primeira apuração. No entanto, a vítima permanece internada, em estado grave, no Hospital Geral de Carapicuíba.

O soldado detido levou um tiro na perna durante a madrugada, procurou um hospital, mas não registrou boletim de ocorrência. A versão dele sobre o acontecido não convenceu o delegado Andreas Schiffman.

Quando a notícia de que um PM havia sido baleado durante a madrugada chegou até o Setor de Homicídios de Carapicuíba, Schiffman entrou em contato com o comando da corporação. Ainda pela manhã, o policial foi à delegacia e prestou depoimento.

Ele contou que estava com uma suposta amante quando foi abordado por dois assaltantes, que queriam a moto dele, e acabou baleado. O suspeito também disse ao delegado que a mulher poderia confirmar a história. O homem argumentou que não registrou boletim de ocorrência porque é casado.


Os investigadores procuraram a mulher apontada como álibi e a questionaram sobre o acontecido. A suposta amante alegou que foi procurada pelo PM por volta das 9h deste sábado — pouco antes de ele ir ao DP — e que o suspeito teria pedido que ela confirmasse a tentativa de assalto, dizendo que era uma questão do seguro da moto.

O delegado voltou a conversar com o policial militar, que negou envolvimento na chacina. A Corregedoria da PM foi chamada e passou o dia na delegacia. A equipe disse que vai acompanhar de perto as investigações. O soldado, que há sete anos trabalha na PM, vai permanecer preso.


A Polícia Civil suspeita que o soldado tenha atirado na perna acidentalmente durante a chacina. Pelo menos seis pessoas participaram da ação, em dois carros e uma moto. Foram usadas armas de três calibres diferentes.

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A chacina

O primeiro registro aconteceu por volta das 3h30, na avenida Comendador Dante Carraro, no Parque Ariston. De acordo com a polícia, seis pessoas, que estavam em um bar, foram baleadas. Segundo testmunhas, homens encapuzados atiraram diversas vezes na direção do estabelecimento e depois fugiram. As vítimas foram socorridas e encaminhadas para o Hospital Geral de Carapicuíba.

Minutos depois, a cerca de 800 metros do local, policiais militares localizaram uma pessoa baleada na rua. Socorristas do Samu encontraram a vítima sem vida.

Às 4h25, policiais militares foram acionados via 190 para uma ocorrência de dois baleados, na rua Diogenes Ribeiro de Lima, na Vila Santa Teresinha. De acordo com o chamado, as vítimas foram baleadas por suspeitos que passavam em um veículo. Os homens alvejados foram encaminhados, em estado grave, para os Hospitais Cohab II e Regional de Osasco. 

A polícia teve conhecimento também de mais um baleado, desta vez na Cohab de Carapicuíba. Ele foi socorrido, com vida, para um hospital da região.

Investigação

O delegado não descarta que outros policiais militares estejam envolvidos nas mortes. Essa é a segunda chacina em Carapicuíba em 15 dias. Os investigadores também apuram se os crimes estão relacionados ao assassinato do policial militar Adailton dos Santos, encontrado no último fim de semana, em uma favela próxima de onde aconteceram os casos dessa madrugada. 

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