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Por falta de provas, júri absolve Carla Cepollina

Advogada é considerada inocente da morte do coronel Ubiratan. Promotor diz que não vai recorrer da decisão

São Paulo|Ana Cláudia Barros e Vanessa Beltrão, do R7

"Vou recomeçar a minha vida", diz Carla Cepollina após ser inocentada
"Vou recomeçar a minha vida", diz Carla Cepollina após ser inocentada JB NETO/ESTADÃO CONTEÚDO

Terminou às 19h20 desta quarta-feira (7), no Fórum Criminal da Barra Funda, o julgamento da advogada Carla Cepollina, acusada de matar o coronel Ubiratan Guimarães, em 2006. Os jurados decidiram que Carla é inocente por negativa de autoria e insuficiência de provas. O promotor João Carlos Calsavara disse que não vai recorrer da decisão.

De acordo com o promotor, a defesa estava bem preparada e acredita que o episódio do Carandiru, quando uma ação da polícia dentro do presídio vitimou 111 detentos, contou para este resultado - segundo ele, o coronel era uma pessoa estigmatizada.

Carla Cepollina foi julgada pela acusação de matar o coronel Ubiratan Guimarães, em 2006. De acordo com a defesa, o tiro que matou a vítima foi disparado pela advogada após uma briga entre o casal motivada por mensagens de celular trocadas com uma suposta amante, a delegada federal Renata Azevedo dos Santos Madi.

O julgamento teve início na última segunda-feira (5), no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista.


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Na saída do primeiro dia de julgamento no Fórum da Barra funda, Carla Cepollina, acusada pela morte do ex-coronel da Tropa de Choque de São Paulo Ubiratan Guimarães, em 2006, afirmou, em entrevista, que não existem provas contra ela e se mostrou confiante na absolvição.


O advogado de defesa, Eugênio Malavasi, também acreditava que não havia provas que ligassem sua cliente ao evento criminoso.

Os três dias de julgamento foram marcados por momentos de tensão no plenário do fórum. No último dia do julgamento, a defesa de Carla Cepollina lançou dúvidas sobre a data e o horário do assassinato do coronel Ubiratan Guimarães. As afirmações foram feitas na fase de debates na tarde desta quarta-feira.


Segundo os advogados da acusada, o coronel foi assassinado no domingo pela manhã, 10 de setembro de 2006, contrariando a tese da acusação de que o crime teria ocorrido por volta das 19h do sábado, horário em que a acusada estava no apartamento da vítima.

O primeiro dia de julgamento da advogada durou cerca de oito horas. Por volta das 15h40 de segunda-feira (5), quase três horas após o previsto, a sessão foi iniciada no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Das 10 testemunhas convocadas — cinco de defesa e cinco da acusação —, apenas três compareceram. Duas delas, Odete Odoglio de Campos, vizinha da vítima, e o delegado Marco Antonio Olivato, que presidiu o inquérito, foram ouvidos. O depoimento mais longo foi o do delegado Olivato, que começou às 18h13 e terminou por volta das 23h20.

Além disso, Carla foi retirada do plenário por volta de 21h30 após se manifestar durante depoimento do delegado Marco Antônio Olivato, segunda testemunha a depor no primeiro dia do julgamento.

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