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Prefeito diz que há indícios de que fiscais suspeitos de corrupção tenham contas no exterior

Prejuízo aos cofres municipais pode chegar a R$ 500 milhões 

São Paulo|Do R7

Prefeito diz que patrimônio dos envolvidos pode ser apenas uma parte dos que foi desviado pelo esquema de corrupção
Prefeito diz que patrimônio dos envolvidos pode ser apenas uma parte dos que foi desviado pelo esquema de corrupção GUTEMBERG GONÇALVES/ESTADÃO CONTEÚDO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (6) que há indícios de que a quadrilha de auditores fiscais investigados por desvios na arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviços) têm contas no exterior, abrindo a possibilidade de o patrimônio construído pelo grupo ser maior do que o previsto, inicialmente, nas investigações. Foram presos na semana passada quatro funcionários públicos municipais, após apuração conjunta da CGM (Corregedoria Geral do Município) e do Ministério Público sobre a fraude, que pode ter causado prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres da prefeitura.

— As informações que estão chegando indicam que há contas da quadrilha no exterior. Então, nós vamos começar um trabalho de investigação porque pode acontecer de esses R$ 80 milhões em patrimônio serem só uma parte do que eles, efetivamente, têm ou têm em nome de laranjas.

Ente os bens dos funcionários públicos, estão imóveis, carros de luxo, lanchas e uma pousada na região serrana do Rio. Nesta quarta-feira, Haddad também comentou a suspeita de envolvimento de mais funcionários na fraude, como a auditora Paula Sayuri Nagamati. Paula afirmou em depoimento ao MP que um dos detidos na semana passada, Ronilson Rodrigues, financiou a campanha do vereador Antônio Donato (PT), atual secretário municipal de Governo, com o dinheiro do esquema.

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O prefeito de São Paulo afirmou que a auditora fiscal faz parte do núcleo da quadrilha.

— Não vamos nos enganar. Tanto o caso da Vanessa [Alcântara, ex-companheira de um dos suspeitos] quanto o caso da Paula são do núcleo da quadrilha.

Nesta quarta, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do auditor fiscal Amilcar Cançado Lemos, apontado como o idealizador do esquema de cobrança de propina.

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