O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), falou, na segunda-feira (19), que a administração municipal estuda uma forma de preservar a área de mata atlântica da rua Augusta. O terreno de quase 25 mil m², no centro de São Paulo, tem sido alvo de disputa. De um lado estão moradores que pedem à prefeitura a desapropriação do espaço para a criação de um parque. De outro, está o ex-banqueiro Armando Conde, dono do terreno, e construtoras que querem fazer dois prédios.
—Qualquer que seja o desfecho ali, aquela área tem que ter uma dimensão de preservação muito grande. Nós estamos verificando, [mas] os recursos para desapropriar aquela área seriam incompatíveis, é muito dinheiro, muito recurso.
Haddad afirmou ainda que não há previsão de orçamento para desapropriação daquela área, que é muito cara.
— Mas nós temos como, pela legislação, preservar a área, sem a necessidade de desapropriá-la. Estamos estudando nesse momento.
Um DUP (decreto de utilidade pública), assinado em 2008 pelo então prefeito Gilberto Kassab, perdeu a validade no último domingo (18). Como durante esses cinco anos a o município não indenizou o proprietário, ele volta a ter poder sobre a área.
A solução para a área pode estar no projeto de lei nº 345/2006, que tramita na Câmara Municipal. O texto propõe a criação de um parque municipal naquela terreno da rua Augusta, entre as ruas Marquês de Paranaguá e Caio Prado.
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