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Prefeitura de SP cria nova categoria de táxis para regularizar Uber e libera 5 mil alvarás

Chamados "táxis virtuais" e só poderão atender por meio de aplicativo e com preço tabelado

São Paulo|Do R7, com Agência Brasil

Uber terá que seguir regras da prefeitura para se regularizar em SP
Uber terá que seguir regras da prefeitura para se regularizar em SP Uber terá que seguir regras da prefeitura para se regularizar em SP

O prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou, durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (8), uma nova categoria de táxis na cidade, os chamados "táxis virtuais". Esses automóveis não terão taxímetro: haverá preço máximo por trechos determinados pela prefeitura, e terão de pagar uma outorga à cidade. São a essas regras que a Uber terá de se submeter, caso queira se regularizar na capital paulista.

Os veículos deverão ser pretos, com bancos de couro, ar-condicionado e, no máximo, cinco anos de uso. A Uber foi questionada sobre os detalhes, mas não quis fazer comentários. Os "táxis virtuais" só poderão ser acionados pelos aplicativos com os quais fazem corridas. A ideia da prefeitura é que não disputem passageiros com os carros comuns, brancos, que terão a exclusividade de atender pessoas que pedem corridas na rua ou por telefone.

Ainda segundo a prefeitura, serão sorteadas 5.000 alvarás para os motoristas que quiserem atuar no novo sistema, que terá tarifa flexível, podendo cobrar no máximo 25% a mais do que o táxi comum. Não há, no entanto, restrição quanto a descontos. Metade dos alvarás para o novo serviço será distribuída entre os taxistas que não são titulares de licença, trabalham em uma frota ou dividem um carro autorizado como segundo motorista. Os 50% dos alvarás restantes serão divididos em cotas: metade para mulheres (25% do total) e 10% para veículos adaptados (5% do total). A previsão é que o edital para o novo serviço seja publicado em 60 dias. O sorteio será feito pela Caixa Econômica Federal.

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Para se candidatar a um alvará do Táxi Preto, outra exigência é a habilitação específica para operar no transporte individual de passageiros. De acordo com a prefeitura, existem 80 mil motoristas com esse tipo de habilitação na cidade, dos quais 30 mil têm alvarás e 40 mil dirigem carros de frota, são o segundo motorista ou não estão atuando na área.

A outorga será concedida por até 35 anos e será onerosa. O prefeito garantiu que o valor cobrado pela administração municipal será inferior à diária cobrada pelas frotas de táxis, que pode chegar a R$ 150. No cálculo feito pela prefeitura, está incluído ainda o valor pago pelos carros, que poderão ser financiados nas mesmas condições especiais concedidas aos taxistas.

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As medidas são uma resposta aos problemas envolvendo o Uber e outros aplicativos de transporte remunerado com carros particulares. Haddad disse que vai sancionar a lei que proíbe o uso de veículos privados no serviço de transporte de passageiros. As características do Táxi Preto são semelhantes às do Uber, como a tarifa flexível e o contato somente por meio de aplicativo.

— Não estamos mudando a natureza desses aplicativos, mas recepcionando a inovação, com as mesmas características apreciadas pela população”, afirmou o prefeito.

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A regulamentação também abrange os aplicativos que intermedeiam o serviço de táxi comum. As empresas é que deverão repassar a base de motoristas cadastrados e dados relativos aos trajetos e avaliação dos usuários. A prefeitura informou que usará esses dados para ajudar no planejamento do transporte na cidade. Os taxistas que quiserem migrar para o Táxi Preto poderão fazer a conversão do alvará sem custo e sem limite de solicitações. O processo inverso não é permitido.

Para elaborar o decreto, a administração municipal se apoiou no Plano Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587 de 2012) e no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503 de 1997). Segundo Haddad, a regulamentação era necessária para evitar deterioração dos serviços e condições de trabalho.

— Não vamos deixar canibalizar, precarizar. Não vamos deixar a clandestinidade tomar conta da cidade de São Paulo.

Taxistas protestaram em frente à Prefeitura de São Paulo contra o aplicativo Uber. O grupo fechou o viaduto do Chá no sentido Patriarca, prejudicando o trânsito na região central. Um cinegrafista foi agredido.

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