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Presidente do Sindicato dos Metroviários é preso em manifestação contra aumento de passagem 

Cerca de 2.000 pessoas participaram de manifestação na região central de São Paulo 

São Paulo|Do R7

Protesto fechou avenida Paulista; policiais usaram balas de borracha
Protesto fechou avenida Paulista; policiais usaram balas de borracha ALEXANDRE MOREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, foi detido e encaminhado ao 78º DP (Distrito Policial) durante manifestação contra o aumento de passagem na avenida Paulista, que acontece desde o início da noite desta quinta-feira (6). Segundo a Polícia Militar, cerca de 2.000 pessoas chegaram a participar do protesto.

De acordo com Altino, a prisão aconteceu quando os PMs usaram bomba de gás lacrimogênio na praça Oswaldo Cruz. Neste momento, ele conta, muitas pessoas correram para dentro de um shopping das proximidades.

— Quando estava mais tranquilo, eu fui perguntar para um PM se as pessoas que estavam dentro do shopping podiam sair.

Altino conta que o policial teria perguntado se ele estava participando da manifestação. Segundo o presidente do sindicato, após responder que sim, ele teria recebido voz de prisão.


— Não fiz nada.

Protesto e destruição


O protesto contra o aumento das passagens de ônibus deixou um rastro de destruição na avenida Paulista, região central de São Paulo, na noite desta quinta-feira (6). Lixeiras foram quebradas, guaritas da Polícia Militar foram ao chão e o shopping Pátio Paulista chegou a ser fechado. 

Mais cedo, algumas pessoas chegaram a invadir o terminal Bandeira, picharam algumas paredes e destruíram alguns ônibus, de acordo com a Polícia Militar. Os manifestantes chegaram a fechar a avenida 23 de Maio, em três pontos, no sentido aeroporto. Eles atearam fogo em caixotes de madeira.


Após invadir o terminal, o grupo seguiu para a avenida Nove de Julho e fechou as duas direções. Também foram criadas barricadas e eles destruíram alguns ônibus que passaram antes da interdição das pistas. A polícia usou bombas de efeito moral para contar a manifestação. Até o momento, não há informações sobre feridos. 

O ato ocorre quatro dias após entrar em vigor o reajuste de 6,67% no valor das tarifas. 

A manifestação

O evento é organizado pelo Movimento Passe Livre de São Paulo, que pretende reduzir o preço das passagens e, ao longo prazo, implantar a tarifa zero. Segundo a página oficial da manifestação, o objetivo é reivindicar, além do aumento, o direito real do uso coletivo do transporte. "Cada vez que a tarifa sobe, aumenta também o número de pessoas excluídas do sistema de transporte", informa o site.

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Ainda de acordo com o movimento, em 2010, cerca de 37 milhões de brasileiros deixaram de usar o ônibus diariamente por não ter dinheiro. "Não ter acesso ao transporte significa não ter acesso à cidade, pois dependemos da condução para ir e voltar do trabalho, escolas, hospitais, visitar amigos etc.”

Veja o vídeo abaixo:

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