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Preso por abuso na Paulista pela 1ª vez em 2013, rapaz não foi julgado

Diego Novais ficou 3 meses detido. Processo aguarda sentença desde maio

São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7*

Diego Novais em delegacia após caso de terça-feira (29)
Diego Novais em delegacia após caso de terça-feira (29)

Preso sob a suspeita de cometer seu primeiro abuso na região da avenida Paulista em setembro de 2013, Diego Ferreira de Novais aguarda há três meses o desfecho do processo: desde 17 de maio, os autos estão no gabinete do juiz responsável pelo caso para que ele dê a sentença. Nesse período, Novais teria, segundo a polícia, cometido mais dois crimes.

Com uma ficha em que constam ao menos 16 crimes sexuais, o rapaz foi detido pela última vez na terça-feira (29) sob a suspeita de ejacular em uma jovem no ônibus na mesma região e posto em liberdade no dia seguinte. Antes, em 12 de junho, ele foi acusado de, também dentro de um ônibus na Paulista, esfregar o pênis no ombro de outra vítima.

Questionado sobre quando o caso de 2013 terá a sentença proferida, o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) afirmou que o juiz Antonio de Oliveira Angrisani Filho, da 27ª Vara Criminal da Barra Funda, está elaborando sua decisão. A previsão, segundo o tribunal, é que ela esteja pronta e seja publicada até a semana que vem.

Três meses preso


Novais foi preso em flagrante pela primeira vez sob a suspeita de praticar um crime contra a dignidade sexual na região da Paulista em 13 de setembro de 2013.

Na ocasião, ele foi acusado de, dentro de um ônibus na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, colocar a mão em partes íntimas de uma estudante. De acordo com o registro da ocorrência feito na época, o motorista chegou a fechar a porta do veículo, mas Novais conseguiu escapar, acabando contido por outros passageiros.


Levado ao 78º DP (Jardins), o acusado foi autuado em flagrante. Menos de um mês depois, em 7 de outubro de 2013, ele virou réu pelo crime, após o juiz Angrisani Filho aceitar a denúncia do Ministério Público, entendendo que existia “prova da materialidade delitiva e indícios suficientes da autoria imputada ao denunciado”.

Ele chegou a ficar preso por três meses no CDP (Centro de Detenção Provisória) III de Pinheiros. Mas, em 17 de dezembro de 2013, o juiz Adevanir Carlos Moreira da Silveira mandou soltá-lo. Em sua decisão, o magistrado ressaltou que o suspeito seria posto em liberdade “sem a imposição de qualquer medida cautelar”. Ele também dispensou a prestação de fiança, pois não via “capacidade econômica” no réu.


Embora essa tenha sido a primeira acusação de abuso na região da Paulista contra Novais, ele já respondia por outros sete casos de crimes sexuais ocorridos em áreas diferentes da cidade — seis deles, em transporte público.

*Colaborou Kaique Dalapola, estagiário do R7

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