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Prisões de manifestantes foram necessárias para conter violência, diz secretário

Dois homens foram detidos pela Polícia Civil em ato anti-Copa ontem, na avenida Paulista

São Paulo|Do R7

Lusvarghi (foto) foi preso na noite de segunda-feira
Lusvarghi (foto) foi preso na noite de segunda-feira

A Polícia Civil paulista diz ter feito as duas primeiras prisões de black blocs em flagrante por associação criminosa na manifestação desta segunda-feira (23), na avenida Paulista. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 24, pelo secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

— É a resposta da lei para esses indivíduos. [Eles estavam] incitando os manifestantes contra os policiais e foi necessária uma ação para conter os atos de violência.

O técnico em laboratório Fábio Hideki Harano, de 26 anos, e o professor Rafael Marques Lusvarghi, de 29, foram presos por agentes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) por volta das 19h. Harano seria o líder dos manifestantes. Ele foi abordado na estação Consolação, quando, de acordo com a polícia, praticaria atos de vandalismo, com máscaras de gás, artefato incendiário (coquetel molotov), capacete e papéis com nomes de integrantes do grupo.

A PM precisou desfazer uma barreira humana de ativistas que tentaram impedir a prisão do técnico. Segundo a polícia, Lusvarghi ficou alterado quando foi preso e agrediu um cidadão, rasgando a sua camisa. No momento da prisão do professor, um policial do Deic teria sido atacado por cerca de 20 manifestantes. Foi dele um tiro para o alto disparado na manifestação. A polícia, no entanto, entende que o ato foi de legítima defesa.


O caso foi registrado como incitação ao crime, associação criminosa, resistência, desobediência e posse ilegal de artefato.

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Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, no lançamento do programa para reforço da segurança nas escolas pela PM, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) avaliou positivamente a ação da polícia.

— Foi positivo, tanto é que não houve incidente. A polícia tem o dever de agir.


Grella classificou novamente como "equívoco" a demora de ação da PM no ato do Movimento Passe Livre na quinta-feira, 19.

— Não vai se repetir.

O professor Rafael Lusvarghi já havia sido detido no último dia 12, em outro ato anti-Copa. Em entrevista ao R7, ele chegou a dizer que não deixaria de participar das manifestações. 

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