Após a redução da tarifa do transporte público anunciada nesta quarta-feira (19) pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e pelo governador Geraldo Alckmin, uma nova manifestação está marcada para esta quinta-feira (20) na capital paulista. O evento está previsto para começar às 17h na praça do Ciclista, no final da avenida Paulista, na região central de São Paulo.
A ação acontece como uma forma de comemoração ao fato dos governantes atenderem, até de forma forçada, uma demanda da população. Por outro lado, o movimento pretende, na noite de hoje, também ir às ruas em "solidariedade às lutas das demais cidades do país e em apoio a todos os companheiros presos, detidos e processados durante os atos contra o aumento, contra a criminalização do movimento", diz parte do texto na página oficial do evento numa rede social. Nesta página, mais de 178 mil pessoas confirmaram presença até as 10h30 desta quinta.
O encontro de hoje ainda reivindica outras demandas, como um "transporte público sem tarifa, onde as decisões são tomadas pelos usuários e não pelos políticos e pelos empresários", segundo a página do evento. O protesto é organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre), que defende, desde a sua criação, a extinção das catracas no transporte público.
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Uma das advogadas do MPL, Marcela Cristina Vieira, contou que, além desses fatores, o protesto de hoje também tem como objetivo requerer aos governantes uma resposta de onde sairão os recursos para cobrir o déficit.
— Eu ouvi, principalmente do (prefeito Fernando) Haddad, que haveria cortes em programas sociais e nos salários de servidores públicos. Nós não queremos isso. Lutamos para que os cortes sejam feitos na margem de lucro das empresas.
Em relação ao trajeto planejado pelo grupo, Marcela disse que o movimento se reuniu na noite desta quarta-feira, mas que o caminho só será divulgado na hora.
Confusão
As seis manifestações em São Paulo foram marcadas por atos de violência, vandalismo, criminalidade, mas também como exemplo de passeata pacífica.
Para a advogada do movimento, é muito complicado controlar todas as pessoas que fazem parte do evento, ainda mais quando o número de pessoas é muito grande.
Marcela ressaltou também que, em diversos momentos, integrantes da passeata pediam um movimento pacífico, sem violência. Ela diz acreditar que, na terça-feira (18), baderneiros tinham o propósito de invadir a prefeitura, mas que essas pessoas não fazem parte do grupo que foi às ruas com boas intenções.
(Colaborou Thiago Pássaro, estagiário do R7)
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