Protestos ocupam rodoanel, Castello Branco e Anchieta
Na Castello, caminhoneiros querem subsídio no preço do óleo diesel e isenção nos pedágios
São Paulo|Do R7
Um protesto de caminhoneiros interditava, desde as 5h desta segunda-feira (1º), os dois sentidos da rodovia Castello Branco, na altura do km 30, em Itapevi, na Grande São Paulo, de acordo com a Viaoeste, concessionária que administra a rodovia.
Por volta das 7h30, a pista expressa, no sentido interior, tinha ao menos 6 km de tráfego parado do km 24 ao km 30. Na pista marginal, no mesmo sentido, havia 9 km de tráfego ruim desde o km 15 até o km 24. Já o sentido capital tinha mais 5 km de congestionamento do km 35 ao 30.
O protesto é organizado pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro. Eles reivindicam subsídio no preço do óleo diesel; isenção para caminhões do pagamento de pedágios em todas as rodovias do país; criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada diretamente à Presidência da República, nos mesmos moldes das atuais Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas; votação e sanção imediata do Projeto de Lei que aprimora a Lei 12619/12 (Lei do Motorista) e também define soluções para as questões de cartão Frete, CIOT, concorrência desleal exercida por transportadores ilegais que causa valores defasados dos fretes.
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Ainda segundo o site da categoria, a manifestação deve durar 72 h em todo o país e deve terminar na quinta-feira (4), às 6h.
Anchieta
A rodovia Anchieta estava com 3 km de congestionamento, entre os kms 21 e 23, sentido litoral, na altura de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Outra manifestação de caminhoneiros interditava três pistas da via. O protesto começou por volta das 7h50 desta segunda-feira, no km 23.
Cerca de 15 caminhoneiros estava parados na rodovia com faixas. O protesto era pacífico.
Rodoanel
Manifestantes ocupavam, por volta das 7h30 desta segunda-feira (1º), a pista sentido Mauá do Rodoanel, no trecho leste, na altura do km 46. Segundo a SPMar, concessionária que administra o trecho, algumas pessoas, que chegaram ao local por volta das 6h20, colocaram fogo em pedaços de madeira, bloqueando o tráfego na pista.
De acordo com a administradora, a Polícia Militar Rodoviária estava no local acompanhando a manifestação. A pista sentido Régis Bittencourt tinha tráfego normal.
Por conta da paralisação, o trecho leste do Rodoanel registrava, por volta das 8h, cerca de 7 km de congestionamento. A concessionária ainda não tem informações sobre o motivo do protesto.
Mais protestos
Manifestantes vão tentar ocupar os pedágios paulistas nesta segunda-feira (1º) para exigir a redução nas tarifas e mudanças no modelo de concessão. A convocação feita por meio eletrônico é assinada por nove grupos, entre eles o MPL (Movimento Passe Livre), que se mobilizou pela redução nas tarifas de ônibus.
Entre os pontos de concentração divulgados pelos manifestantes estão o bairro de Moreira César, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba; a SP-75, em Indaiatuba, região de Campinas, e a praça da Moça, em Diadema, região metropolitana de São Paulo. Desses locais, os grupos se deslocam, a partir das 17h30, para pedágios próximos.
De acordo com nota distribuída pelos movimentos, além da redução nas tarifas, o objetivo é levar o governo estadual a mudar os contratos de concessão de outorga onerosa para o modelo de menor tarifa. Segundo a nota, as rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt foram transferidas à iniciativa privada pelo modelo de menor tarifa, pelo qual o governo federal não recebe repasses das concessionárias e a margem de lucro delas é de 8,5%. Em razão disso, o custo do pedágio nessas rodovias é quatro vezes menor que nas estaduais. O pedágio nas rodovias do Estado representa 24% do custo do frete.
Sindicatos de transportadores de cargas da região de Sorocaba manifestaram apoio à mobilização, mas até a tarde deste domingo não tinham confirmado participação nos protestos.
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