Público apelida evento de "Virada Criminal" e reclama da falta de segurança nas redes sociais

O público que prestigiou a 9ª edição da Virada Cultural na noite de sábado (18) e madrugada de domingo (19) usou as redes sociais para manifestar a revolta com a falta de segurança no evento.

Após pelo menos duas mortes, cinco baleados, facadas e arrastões, o Twitter e o Facebook viraram meios de reclamações e críticas à organização do evento.

Wellington Trüdes usou a página da Virada Cultural no Facebook para relatar que assaltantes levaram carteira, boné, tênis e celular no centro de São Paulo.

— Saí praticamente pelado.

De acordo com a Guarda Civil Metropolitana, os grupos praticantes de arrastões na madrugada chegavam a 30 pessoas, mas houve dificuldade em contê-los devido à grande quantidade de pessoas perto dos palcos.

O internauta Jorge Henrique usou o Twitter para contar o que viu.

— Umas das piores edições da Virada Cultural, os caras fazendo arrastão na frente da polícia e eles nem se moviam, vi um cara apanhando de pelo menos uns 20 caras.

De acordo com a Polícia Militar, ao menos 12 tumultos foram registrados. Entre eles, o assalto e espancamento de um jovem que teve o braço fraturado.

Mesmo quem não foi ao evento demonstrou indignação, e os usuários das redes sociais republicaram notícias do evento chamando-o de Virada Criminal ou Cilada Cultural. Foi o caso de Samuel Abdala:

— Pelas notícias que vi hoje, podem rebatizar de Virada Criminal.

O senador Eduardo Suplicy também teve carteira e celular furtados no começo do evento, e precisou subir ao palco para pedir que devolvessem seus documentos.

Já Danilo Gentili, que se apresentou na Virada, falou sobre a falta de segurança do evento com sarcasmo.

— Atenção você que está na Virada Cultural: pare de ver o Twitter senão vão roubar seu celular.

A Polícia Militar informou que 11 pessoas foram presas e mais de 1.000 foram abordadas.