Reajuste do IPTU pode chegar a 116%, diz assessor
Isso aconteceria em imóveis com tetos de 30% e 45%, previstos na proposta inicial do governo
São Paulo|Do R7
Escalado pelo governo para justificar aos vereadores o aumento de até 45% no IPTU de 2014, Douglas Amato, assessor técnico da Secretaria Municipal de Finanças, admitiu nesta quarta-feira (16), na Comissão de Finanças da Câmara Municipal, que o reajuste acumulado nos próximos três anos poderá chegar a 116% para residências e a 204% no comércio. Isso poderia ocorrer em imóveis que pagariam os tetos de 30% e de 45%, previstos na proposta inicial do governo, até 2016. Amato não conseguiu convencer nem os vereadores da base governista.
— A valorização imobiliária em São Paulo nos últimos três anos foi bem maior que de 100%.
Police Neto (PSD), ex-presidente da Casa, afirmou que a política tributária da prefeitura está na contramão da revisão do Plano Diretor proposta por Haddad.
— Quer se incentivar a ocupação de espaços urbanos onde a política tributária, na verdade, expulsa os moradores. Parece que a Secretaria de Finanças não conversa com os outros setores do governo que pensaram o desenvolvimento da cidade no Plano Direto.
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Presente na reunião, Paulo Fiorilo (PT) ressaltou a necessidade de serem reduzidas as travas de 30% e de 45% da proposta original.
Protesto
A reação contrária dos vereadores ao aumento do IPTU ocorre no momento em que a maior parte da sociedade paulistana se indignou com a proposta. Até quarta-feira pelo menos 12 páginas haviam sido criadas no Facebook contra o aumento. A base aliada do governo teme nova onda de protestos na cidade, caso a proposta seja aprovada com as travas de 30% e 45%.
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Já a cúpula governista avaliou que a questão pode ser transformada em bandeira eleitoral da oposição em 2014. Na semana passada cerca de 400 pessoas participaram na Câmara de protesto organizado pelo PSDB.