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Repórter do R7 relata pânico na zona norte durante toque de recolher

Comércios fechados e ônibus queimados mudaram rotina da região 

São Paulo|Lilian Silva, do R7

Um ônibus foi queimado na avenida Zaki Narchi, na zona norte
Um ônibus foi queimado na avenida Zaki Narchi, na zona norte Um ônibus foi queimado na avenida Zaki Narchi, na zona norte

Vivi hoje a sensação de estar em meio a um fogo cruzado ao retornar para casa. Quando desembarquei na estação Tietê do Metrô, estranhei a demora do ônibus Jardim Brasil 2010/ Shopping D, que em dias normais passa de dez em dez minutos. Ontem (terça-feira, 25), ele demorou mais de uma hora.

O desespero das pessoas — e o meu — era visível. Lojas, supermercados e padarias estavam fechados, em cumprimento a um toque de recolher que ninguém sabia de onde veio. Helicópteros, carros da PM, um atrás do outro, e policiais abordando as pessoas na rua ajudavam a compor o cenário de tragédia.

Próximo de desembarcar na avenida Júlio Buono, o trânsito era mais lento. A via dá acesso à avenida Mendes da Rocha, que liga os bairros vila Izolina Mazzei, onde moro, Vila Sabrina, Vila Ede, Vila Medeiros e Parque Edu Chaves. Já na rua, o comentário das pessoas era que a morte de um suposto integrante do PCC, de nome JJ, era a razão de todo o caos.

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Desci do ônibus e fui para casa o mais rápido possível. Qualquer plano que eu ainda tinha de sair foi abortado. O medo e a insegurança, mais um vez, assumiram o controle na cidade de São Paulo. 

Toque de recolher

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Homens armados percorreram as principais vias da Vila Sabrina, na zona norte da capital, alertando sobre o toque de recolher. Esses homens seriam membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) agindo em represália à morte de um outro integrante do grupo, Jeorge Vieira Ponciano, de 39 anos,assassinado no último domingo (23) dentro de uma pizzaria.

Estabelecimentos comerciais da principal via do bairro Vila Sabrina, a avenida Milton da Rocha, estão de portas fechadas. Um ônibus foi queimado na avenida Zachi Narchi. Também foi relatado que funcionários de duas escolas municipais recomendaram a dispensa dos estudantes, mas não há posicionamento oficial das instituições. De acordo com os funcionários, diversas mães foram buscar seus filhos mais cedo e a maior parte das aulas foi cancelada.

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