Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Reserva do Sistema Cantareira pode acabar em outubro, diz Sabesp

Água do chamado "volume morto" começou a ser retirada do reservatório há 19 dias

São Paulo|Do R7

Nível do Cantareira chegou a 24,6% nesta terça-feira
Nível do Cantareira chegou a 24,6% nesta terça-feira Nível do Cantareira chegou a 24,6% nesta terça-feira (Daia Oliver)

Após incorporar cenários mais pessimistas no plano de emergência para o Sistema Cantareira, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) prevê que a reserva atual do manancial, já incluindo os 182,5 bilhões de litros do "volume morto" que começaram a ser retirados há 19 dias, pode acabar em 27 de outubro.

A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (2), pelo comitê anticrise que monitora o Cantareira. O cálculo considera uma retirada média de água pela Sabesp de 21,2 mil litros por segundo nos próximos meses e uma vazão afluente (água que chega aos reservatórios) equivalente a 50% da mínima histórica no período. Neste cenário, a capacidade atual do sistema não dura até o fim de novembro, prazo definido como horizonte do plano emergencial.

Pelas contas da Sabesp, se isso acontecer, faltarão 51 bilhões de litros para garantir o abastecimento da Grande São Paulo até 30 de novembro sem a necessidade de adotar racionamento de água generalizado. Há informações de que a companhia já pediu aos órgãos gestores, a ANA (Agência Nacional de Águas) e o Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica), autorização para retirar mais 100 bilhões de litros do "volume morto", que nunca havia sido usado pela Sabesp antes da crise atual — oficialmente, a empresa não confirma a informação.

Em 15 dias, Sistema Cantareira perde quase 10% do "volume morto"

Publicidade

“Se crise se agravar, vou distribuir água com canequinha”, diz diretor da Sabesp

O presidente da ANA, Vicente Andreu, já se manifestou contrário ao pleito da Sabesp, que comprometeria 70% dos 400 bilhões de litros da reserva profunda.

Publicidade

— Nós entendemos que é preciso trabalhar com uma segurança hídrica em função do volume de água afluente. Se chove mais, libera mais. Se chove menos, libera menos.

Leia mais notícias de São Paulo

Publicidade

A precaução deve-se ao fato de que a situação do Cantareira está pior do que o previsto no cenário mais pessimista da Sabesp. Em maio, por exemplo, a vazão afluente ao manancial foi equivalente a apenas 39% da mínima história deste mês, registrada em 2000. Ou seja, abaixo dos 50% que a Sabesp considerou como o mais desfavorável. Apenas no cenário mais otimista, com afluências mensais iguais às piores da história, é que sobrariam 45 bilhões de litros da atual reserva para dezembro. Por ora, ANA e Daee diminuíram a vazão liberada para a Sabesp em 4% até o dia 15. São 21,5 mil litros por segundo, volume que a companhia já vinha operando antes.

Sabesp

Em nota, a Sabesp informou que "mantém as projeções iniciais" e diz que o comitê anticrise "obrigou a companhia a apresentar projeções muito mais pessimistas". "Mas esta não é a posição da Sabesp", afirma. "É importante anotar que não há qualquer decisão dos reguladores, ANA e Daee. Trata-se de mera recomendação do Gtag (comitê anticrise)."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.