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Responsáveis pela obra que desabou na Liberdade podem ser indiciados por homicídio doloso

Imóvel que desabou no bairro da Liberadade estava em obras 

São Paulo|

Obra que desabou causou a morte de um auxiliar de limpeza na última quinta-feira (28)
Obra que desabou causou a morte de um auxiliar de limpeza na última quinta-feira (28) Obra que desabou causou a morte de um auxiliar de limpeza na última quinta-feira (28) (RICARDO LOU /ESTADÃO CONTEÚDO)

O delegado José Sampaio Lopes Filho afirmou nessa segunda-feira (4) que pode indiciar por homicídio doloso (com intenção de matar) os responsáveis pela obra que desabou e causou a morte do auxiliar de limpeza Marco Antonio dos Santos, de 51 anos, na última quinta-feira (28), na Liberdade, região central de São Paulo. Segundo o titular do 1.º DP (Sé), o inquérito será encerrado até sexta-feira.

Lopes Filho disse que ainda depende dos laudos e de documentos que serão apresentados pela Prefeitura para saber qual a responsabilidade de quem tocava a obra nos últimos meses. O imóvel, construído nos anos 1930, passava por uma transformação e serviria, no futuro, como um estacionamento.

— Estamos investigando tudo e não descarto indiciar os responsáveis por homicídio doloso. O delegado José Sampaio Lopes Filho afirmou que não poderia dar mais detalhes sobre a investigação para não atrapalhar o andamento do inquérito.

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Na sexta-feira, o engenheiro civil Carlos Eduardo Lopes de Oliveira prestou depoimento e disse ser o responsável técnico pela obra. Para a polícia, Oliveira afirmou que vazamentos na rede de água e esgoto poderiam ser a causa do desabamento.

—Já havia algum indício, tanto é que temos vários protocolos na companhia concessionária pedindo para verificar, todos eles registrados.

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A Sabesp negou enfaticamente que vazamentos possam ter sido a causa do acidente e considerou "irresponsáveis" as declarações de Oliveira, a quem pretende acionar judicialmente. Em nota, afirmou que "É absurdo relacionar o desabamento de um prédio com um eventual vazamento de uma rede de 5 cm de raio".

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No sábado, uma empresa de demolição contratada pela construtora derrubou o que restava da obra, a pedido da Prefeitura, que temia novos acidentes no local.

Depoimentos

Os depoimentos previstos para esta segunda-feira (4) foram adiados - apenas um policial militar passou pela delegacia, mas não deu informações relevantes para o caso, segundo os investigadores.

Hoje serão ouvidos os bombeiros que estiveram no local do desabamento, fiscais da Prefeitura e a vendedora Deusa Machado dos Santos, de 38 anos, que se feriu após a queda de parte da marquise do imóvel no dia 15 de fevereiro. O proprietário da obra será ouvido na sexta-feira, segundo o delegado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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