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Sabesp começa captação de mais água do Alto Tietê

Companhia irá usar mais 39,46 milhões de metros cúbicos da represa Ponte Nova

São Paulo|Do R7, com Estadão Conteúdo

Rio Paraitinga, em Salesópolis faz parte do Sistema Alto Tietê
Rio Paraitinga, em Salesópolis faz parte do Sistema Alto Tietê

A Sabesp obteve autorização do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) para captar mais 39,46 milhões de metros cúbicos da represa Ponte Nova, pertencente ao Sistema Alto Tietê, terceiro principal reservatório da região metropolitana de São Paulo. De acordo com nota divulgada neste domingo (14), o acréscimo de água representa "mais 6,6% ao volume útil do Sistema Alto Tietê".

Ainda de acordo com a nota, "esse acréscimo de volume não necessita de bombeamento, sendo possível a retirada através da descarga normal".

Neste domingo, o nível do sistema caiu de 4,2% para 4,1%. No entanto, com o novo volume de água retirado da Ponte Nova, o Alto Tietê chega a 10,7%.

Responsável por atender a 4,5 milhões de pessoas (bairros da zona leste da capital paulista além de cidades como Ferraz de Vasconcelos e Arujá), o Alto Tietê estava em situação crítica. Na última terça-feira (9), a Sabesp informou que havia pedido autorização ao Daee para captar mais água da represa Ponte Nova. Na ocasião, a companhia esclareceu, ainda, que não se trata exatamente de um volume morto como o do Sistema Cantareira. 


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Nesta semana, também foi anunciado, pelo governador Geraldo Alckmin, a troca do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Benedito Braga assume a pasta em 2015 e a mudança ocorre em meio à pior crise hídrica da história do Estado e oito meses após Mauro Arce, atual secretário, assumir o cargo.

Irregularidade


Uma investigação sobre falta d'água na capital paulista feita pela agência estadual que fiscaliza o serviço prestado pela Sabesp constatou que a empresa reduziu a pressão da água na rede de distribuição além do limite mínimo estabelecido pela norma técnica brasileira. Segundo o órgão, a prática caracteriza infração e pode provocar falhas de abastecimento nas regiões mais altas e afastadas da capital. A Sabesp foi notificada e pode ser multada.

De acordo com a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo), a fiscalização feita nos Centros de Controles Operacionais da Sabesp na cidade detectou que a pressão da água na tubulação chegou a 8 m.c.a. (metros de coluna de água), abaixo dos 10 m.c.a. definidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) na regra que regula a distribuição de água para abastecimento público — que a Sabesp diz seguir. O m.c.a. é a unidade que mede a pressão da água na rede a partir dos reservatórios de distribuição. Quanto menor o índice, menor o alcance da água. O máximo recomendado é de 50 m.c.a.

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Em resposta à investigação, o governador Geraldo Alckmin declarou, neste sábado (13), que a companhia "cumpre a norma".

— Ela [a Sabesp] cumpre a norma da ABNT, que é de uma coluna de 10 m de água. O objetivo de ter válvula redutora de pressão é evitar desperdício porque tem as perdas invisíveis nos milhares de quilômetros de tubulação

Ele também afirmou que os problemas por pouca pressão de água "são pontuais".

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