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Sabesp reduz pressão da rede além do permitido à noite e pode ser multada

Agência Reguladora realizou fiscalização nos Centros de Controles Operacionais da companhia

São Paulo|Do R7

Uma investigação sobre falta d'água na capital paulista feita pela agência estadual que fiscaliza o serviço prestado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) constatou que a empresa reduziu a pressão da água na rede de distribuição além do limite mínimo estabelecido pela norma técnica brasileira. Segundo o órgão, a prática caracteriza infração e pode provocar falhas de abastecimento nas regiões mais altas e afastadas da capital. A Sabesp foi notificada e pode ser multada.

De acordo com a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo), a fiscalização feita nos Centros de Controles Operacionais da Sabesp na cidade detectou que a pressão da água na tubulação chegou a 8 m.c.a. (metros de coluna de água), abaixo dos 10 m.c.a. definidos pela ABTN (Associação Brasileira de Normas Técnicas) na regra que regula a distribuição de água para abastecimento público — que a Sabesp diz seguir. O m.c.a. é a unidade que mede a pressão da água na rede a partir dos reservatórios de distribuição. Quanto menor o índice, menor o alcance da água. O máximo recomendado é de 50 m.c.a.

Segundo Jorge Giroldo, professor de hidráulica do curso de engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana), a pressão de 10 m.c.a. é a medida mínima para que a água chegue às regiões mais altas de São Paulo. Com 8 m.c.a., o recurso vai ter mais dificuldade para alcançar a torneira do consumidor.

— Pode ser que em uma casa de dois andares a água tenha dificuldade para chegar à parte de cima, mas no piso térreo é possível.


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Realizada entre junho e setembro, após aumento das queixas de falta d'água, a fiscalização da Arsesp constatou ainda que as ocorrências de redução de pressão na rede da Sabesp são "geralmente no período noturno" e "com duração média entre seis e dez horas". A agência informou ter recebido no período 339 reclamações por falta de água e pressão insuficiente de clientes da Sabesp. "Com base nas informações e manifestações apresentadas pela Sabesp, avaliamos que ocorreram intermitências no abastecimento de água, caracterizando infração dos regulamentos estabelecidos", afirma a Arsesp. Segundo o órgão, a Sabesp recebeu sete notificações para esclarecer casos de falta d'água. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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