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Sapato de Mizael Bispo tinha resquícios de osso humano e vestígios de sangue, diz acusação

Novas provas contra acusado de matar Mércia Nakashima devem ser apresentadas nesta terça

São Paulo|Vanessa Beltrão, do R7

Segundo acusação, sapato de Mizael tinha resquícios de osso e sangue
Segundo acusação, sapato de Mizael tinha resquícios de osso e sangue NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

O julgamento do policial militar reformado Mizael Bispo, acusado de matar a advogada Mércia Nakashima em maio de 2010, promete mais emoções nesta terça-feira (12).

Em entrevista coletiva após o fim do primeiro dia do júri, o assistente de acusação, Alexandre de Sá Domingues, informou que vai explorar neste segundo dia mais elementos que foram encontrados no sapato do réu, além da alga achada no calçado.

— Resquício de osso humano, vestígios de sangue, alga compatível com represa e também metal compatível com projétil de arma de fogo, ou seja, quatro elementos num único sapato do Mizael, que nega [o crime].

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Ainda de acordo com Domingues, o réu não tem explicação para todos esses elementos. O biólogo Carlos Eduardo de Mattos Bicudo que, na época do assassinato, fez a análise da alga encontrada no solado do sapato do réu já explicou, nesta segunda-feira (11), que, para a espécie ter aderido à parte debaixo do calçado, o acusado teria que ter entrado na represa. Bicudo foi a segunda testemunha de acusação a ser ouvida.

— Esse sapato teria que ter entrado na água e pisou na vegetação. Não existe outra possibilidade da alga estar lá.


O corpo e o carro de Mércia Nakashima foram encontrados na represa de Nazaré Paulista, interior de São Paulo, no dia 10 de junho de 2010. A advogada sumiu após visitar a avó em Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 23 de maio do mesmo ano.

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Em entrevista realizada nesta noite, o assistente de acusação Alexandre de Sá Domingues e o promotor do Caso, Rodrigo Merli, consideraram que o primeiro dia foi muito positivo. Eles foram os únicos a falar com a imprensa.

Sobre a questão do réu não assistir a nenhum dos três depoimentos do primeiro dia a pedido das testemunhas, Merli disse que isso demonstra “que todas as pessoas sentem temor do acusado”. 

— Para nós, isso reforça a sua periculosidade que tanto testemunhas, inclusive técnicas, se sentem incomodadas com a presença dele. Mas isso é um direito da testemunha, não tem como a defesa se opor a isso.

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Foram ouvidos em júri nesta segunda (11) o irmão da vítima, Márcio Nakashima, o biólogo Carlos Eduardo de Mattos Bicudo e o engenheiro em telecomunicações Eduardo Amato Tolezani. A previsão é que o julgamento dure até a próxima sexta-feira (15). 

Segundo dia 

Nesta terça-feira (12), serão ouvidas mais duas testemunhas de acusação: o delegado responsável pelo caso, Antônio de Assunção Olim, e o advogado Arles Gonçalves Junior.

As testemunhas arroladas pela defesa também devem começar a ser ouvidas. Dentre os convocados pelos defensores de Mizael está Rita Maria de Souza que teria prestado serviço no escritório de advocacia em que o réu e a vítima eram sócios. Ela deve falar sobre a relação do casal que namorou por quatro anos.

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