A Polícia Civil identificou o segundo suspeito de disputar o racha — corrida ilegal — que terminou na morte de seis pessoas, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, na madrugada deste sábado (28). O primeiro suspeito e condutor do veículo que atropelou as vítimas, Reginaldo Ferreira da Silva, de 41 anos, foi preso em flagrante logo depois do crime.
As equipes de investigação do 2º Distrito Policial de Mogi das Cruzes chegaram até Paulo Henrique de Oliveira Mota Batista, de 23 anos, depois de receber diversas denúncias anônimas. A placa do carro que o jovem dirigia, um Fiat Palio, caiu durante o racha, o que ajudou os policiais a chegarem até ele.
Os investigadores levantaram o endereço de Paulo e foram até a casa dele. O advogado dele já estava na residência e disse aos investigadores que o cliente se apresentará na delegacia às 9h de segunda-feira (30).
Para a polícia, Paulo Henrique é o principal suspeito de estar disputando racha com o motorista Reginaldo Ferreira da Silva, de 41 anos, quando ele atropelou seis pessoas que fumavam narguilé na calçada, na estrada do Rio Grande, uma extensão da avenida Japão, no Conjunto Residência Santo Ângelo, em Mogi das Cruzes.
Ao todo, oito vítimas foram atingidas pelo veículo de Reginaldo, um Chevrolet Monza. Duas delas tiveram ferimentos mais leves, sendo que uma foi encaminhada para o pronto-socorro Luiza de Pinho Melo e outra foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e liberada.
Leia mais notícias de São Paulo
As outras seis pessoas não resistiram aos ferimentos e morreram.São elas: Lucas Baptista Lopes, 13 anos; Jefferson Andrade Nunes, de 17 anos; André Francisco Duarte, 22 anos; Herick Henrique Marques Ferreira, 17 anos; Patrícia Fontana Riepper, 19 anos; e Rebert Nascimento Silverio, de 19 anos.
A perícia constatou que Reginaldo dirigia a 120 km/h quando atingiu os jovens. Além dessa infração de trânsito, o motorista nunca foi habilitado para dirigir e é analfabeto. Ele apresentava sinais de embriaguez e permanece preso.
As famílias dos jovens mortos aguardam a liberação dos corpos, que estão no IML (Instituto Médico Legal) da cidade para providenciar o velório e o enterro.