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Sob risco de racionamento, Alckmin lança obra para captar água na bacia do Ribeira

Governador admitiu, nesta quarta-feira, que rodízio na Grande SP  não está descartado

São Paulo|Do R7

Alckmin participou do lançamento do guia "Roteiros Paulistas-O que fazer durante a Copa do Mundo da FIFA 2014” nesta manhã
Alckmin participou do lançamento do guia "Roteiros Paulistas-O que fazer durante a Copa do Mundo da FIFA 2014” nesta manhã

O governo paulista corre contra o tempo para aumentar a oferta de água à população da região metropolitana de São Paulo, que está sob o risco de racionamento. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) lança na quinta-feira (10), em Vargem Grande Paulista, as obras do Sistema Produtor São Lourenço, que vai captar água na bacia do Rio Ribeira de Iguape para abastecer a Grande São Paulo.

O projeto prevê a construção de unidades de captação, bombeamento e sistema de adução para promover a reversão de águas do reservatório Cachoeira do Franca, no Rio Juquiá, no Vale do Ribeira, para a bacia do Rio Tietê.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou atrás e afirmou, nesta quarta-feira (9), que o racionamento de água na Grande São Paulo não está descartado.

— Nós não descartamos o rodízio, mas acabamos de lançar uma campanha para as 31 cidades da região metropolitana, do bônus, que foi um sucesso aqui em São Paulo. Tivemos 76% de redução do consumo com o uso racional da água. Então, nós vamos avaliar diariamente essa questão e, especialmente, a aplicação do bônus para toda a Região Metropolitana. Neste momento, não há necessidade [de rodízio].


Sistema Produtor

As obras que serão lançadas nesta quinta-feira vão instalar tubulação de aço carbono com 2.100mm de diâmetro e 50,3 km de extensão, que vai transpor um desnível de cerca de 300 m da Serra de Paranapiacaba para levar a água até a estação de tratamento de Cotia. A água tratada será distribuída a sete municípios das zonas oeste e sul da Região Metropolitana de São Paulo, atendendo diretamente cerca de 1,5 milhão de pessoas. A obra é uma PPP (Parceria-Público-Privada) envolvendo um consórcio de empresas e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que tem como sócio principal o governo estadual.


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O sistema vai ampliar em 4.700 litros por segundo a capacidade de abastecimento da região metropolitana, elevando o volume total para 77,7 mil litros por segundo. O investimento superior a R$ 2 bilhões serão bancado pelo consórcio privado. As obras serão concluídas em 2018.

É a primeira obra de porte do governo para captar água em bacia distante da Grande São Paulo. A capital não está incluída entre os municípios a serem atendidos. Estão na lista Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana do Parnaíba e Vargem Grande Paulista.

Sabesp

Um documento divulgado pela Sabesp cita oficialmente, pela primeira vez, a possibilidade de um rodízio de água neste ano na região metropolitana de São Paulo. Metade dessas cidades é abastecida pelo Sistema da Cantareira que nesta quarta-feira (9) registrou novo recorde negativo: o nível baixou de 12,7% para 12,5%.

O Relatório Anual de Sustentabilidade de 2013, publicado no final do mês passado, afirma que medidas drásticas poderão ser tomadas. "Se as chuvas não retornarem a índices adequados e, consequentemente, os níveis dos reservatórios não forem restabelecidos, poderemos ser obrigados a tomar medidas mais drásticas, como o rodízio de água".

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