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Taxistas protestam em 6 capitais contra serviço de transporte particular e pedem fim de aplicativo

Categoria considera competição com motoristas particulares ilegal 

São Paulo|Do R7

Taxistas se reuniram na praça Charles Miller, na zona oeste
Taxistas se reuniram na praça Charles Miller, na zona oeste Taxistas se reuniram na praça Charles Miller, na zona oeste

Taxistas de ao menos seis capitais protestaram, nesta quarta-feira (8), contra serviços de carros particulares que fazem transporte de passageiros em cidades brasileiras. O grupo pede também o fim de aplicativos como o Uber, que oferece esse tipo de serviço. De acordo com os taxistas, esses carros não operam de forma regulamentada e prejudicam a atuação dos motoristas credenciados junto à prefeitura.

O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra, informou ao R7 que o grupo participou do ato previsto para começar às 10h desta quarta-feira, e enfatizou que o protesto é “contra todos os carros particulares que estão operando”.

— Isso é um absurdo, o taxista precisa apresentar uma série de documentos para exercer a profissão aí vem alguém, se instala aqui, ninguém sabe quem ele é e vem transportar as famílias de São Paulo?

Na capital paulista, os taxistas se reuniram na praça Charles Miller, no Pacaembu, zona oeste. O grupo saiu em carreata até a Câmara Municipal, no centro da cidade. O objetivo era conversar com vereadores sobre a situação da categoria.

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Além de São Paulo, taxistas de Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro também aderiram ao protesto de hoje.

Irregularidades

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O MPF (Ministério Público Federal) abriu um procedimento preparatório para averiguar se as denúncias dos taxistas de São Paulo sobre a irregularidade do serviço e do aplicativo Uber têm fundamento. De acordo com o MPF, ainda não há investigação em andamento nem definições do órgão sobre o assunto.

Em nota, a Uber declarou que “acredita que os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades. A Uber ressalta ainda que não é uma empresa de táxi, muito menos fornece este tipo de serviço, mas sim uma empresa de tecnologia que criou uma plataforma tecnológica que conecta motoristas parceiros particulares a usuários que buscam viagens seguras e eficientes, em mais de 300 cidades de 56 países”.

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O DTP (Departamento de Transportes Públicos) da SMT (Secretaria Municipal de Transportes) informou, em nota, que "os aplicativos utilizados pelos taxistas até agora exercem uma função de comunicação entre o taxista legalizado e o usuário. O Uber é um aplicativo completamente diferente, pois se apresenta como incentivo ao uso de veículo particular para exercer atividade econômica de transporte individual de passageiros remunerado, cobrando valores por ele definido, o que caracteriza um serviço clandestino de táxi, sem a autorização da Prefeitura de São Paulo".

Ainda segundo a nota, o DTP realiza operações para coibir o transporte irregular de passageiros por veículos clandestinos na cidade. Em 2015, nos meses de janeiro e fevereiro, foram fiscalizados 26.670 veículos, dos quais 24.065 eram táxis. Foram apreendidos 112 veículos clandestinos — 69 eram táxis. Até o dia 7 de abril, foram apreendidos 17 veículos que faziam uso do aplicativo Uber.

O protesto realizado em São Paulo terminou por volta das 14h na Câmara Municipal. De acordo com o presidente do sindicato, os vereadores se encarregaram de conversar com o prefeito Fernando Haddad (PT) para que ele dê uma satisfação aos taxistas. Uma reunião será marcada para daqui a dez dias com representantes da organização e da prefeitura.

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