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“Todos estão decepcionados”, diz advogado da família de jovem morto por Land Rover

Defensor revela o sentimento dos parentes de Vitor Gurman com nova decisão judicial

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Vitor Gurman morreu após ser atropelado em julho de 2011
Vitor Gurman morreu após ser atropelado em julho de 2011 Vitor Gurman morreu após ser atropelado em julho de 2011

O advogado Alexandre Venturini, que representa a família do administrador Vitor Gurman, morto após ser atropelado por um jeep Land Rover em 2011 na zona oeste de São Paulo, viu com decepção a decisão da Justiça de permitir à nutricionista Gabriella Guerrero Pereira frequentar locais que vendem bebida alcoólica. A decisão da 14ª Câmara Criminal foi proferida no fim da semana passada.

— A família respeita a decisão judicial, mas a notícia trouxe tristeza e decepção. Não há muito o que falar.

Em maio deste ano, a Justiça acatou três medidas cautelares impetradas pela promotora Mildred Assis Gonzales, do Ministério Público de São Paulo. Os pedidos foram aceitos na ocasião e proibiam a nutricionista de locais como bares e casas noturnas, de dirigir, e a comparecer regularmente ao fórum para justificar suas atividades. Na época, a família de Vitor Gurman ficou satisfeita com as medidas, mas agora as três foram revogadas.

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Enquanto o Ministério Público ainda aguarda ser notificado para estudar se irá recorrer, a família de Gurman, então com 24 anos dia 23 de julho de 2011, quando foi atropelado pelo Land Rover conduzido por Gabriella na Vila Madalena, morrendo cinco dias depois, espera com ansiedade a conclusão do inquérito policial. Um laudo para determinar a velocidade exata do carro no momento do acidente, é o que ainda impede a conclusão.

De acordo com Gilmar Contrera, atual delegado-titular do 14º Distrito Policial, em Pinheiros, a polícia não tem como determinar quanto tempo o documento estará pronto para ser encaminhado ao Ministério Público, que então vai avaliar se oferece ou não denúncia contra Gabriella.

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— Nós estamos no aguardo desse laudo. Todo o restante já foi concluído. Não sei dizer quando (estará concluído o inquérito), já que esse prazo depende do IC (Instituto de Criminalística).

Alexandre Venturini considerou “inaceitável” a demora de mais de dois anos para a conclusão do inquérito policial. Por um lado, ele demonstrou otimismo em relação ao prazo para o laudo ser entregue.

— Espero que o laudo seja entregue pelo IC nos próximos dias. Depois vamos aguardar a denúncia da doutora Mildred (Assis Gonzales).

Contudo, a perspectiva de ver a nutricionista ser julgada e, eventualmente condenada, é algo que vai demandar muita paciência, de acordo com o próprio advogado da família de Vitor Gurman.

— Até o julgamento será um período muito longo. É preciso lembrar que toda decisão no caminho até um júri popular cabe recurso, então é difícil estimar um prazo. Esperamos que seja o mínimo possível.

Tão logo o inquérito seja concluído, ele deverá ser encaminhado à Promotoria. Titular do 14º Distrito Policial na época do atropelamento, o delegado Manoel Adamuz Neto declarou que Gabriella deveria ser indiciada por homicídio doloso, pois teria assumido o risco de matar alguém ao dirigir em alta velocidade. Além disso, um laudo reunido ao inquérito aponta que ela estava alcoolizada no momento do acidente, mas não embriagada.

No dia do acidente, Gabriella dirigia um jeep Land Rover do seu namorado, o engenheiro Roberto de Souza Lima, que também estava no interior de veículo e sofreu ferimentos leves. Ele já havia sido multado 25 vezes desde o início de 2011 – oito vezes por excesso de velocidade e as outras por dirigir falando ao celular e por trafegar na contra mão.

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