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Justiça autoriza acusada de atropelar e matar jovem com Land Rover a dirigir e frequentar bares

Medida cautelar de proibição a Gabriella Guerrero Pereira foi revogada pela Justiça

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Gabriella Guerrero e Vitor Gurman: caminhos de acusada de atropelamento e vítima se cruzaram há dois anos
Gabriella Guerrero e Vitor Gurman: caminhos de acusada de atropelamento e vítima se cruzaram há dois anos Gabriella Guerrero e Vitor Gurman: caminhos de acusada de atropelamento e vítima se cruzaram há dois anos

A Justiça determinou a renovação da medida cautelar que proibia a nutricionista Gabriella Guerrero Pereira, que atropelou e matou o administrador Vitor Gurman, de 24 anos, há dois anos, de frequentar locais que vendem bebida alcoólica, como bares e casas noturnas. A decisão da 14ª Câmara Criminal foi proferida no fim da semana passada.

Além dessa medida cautelar, outra que a proibia de dirigir também foi revogada, segundo o advogado de Gabriella, José Luis de Oliveira Lima. Volta a valer apenas a punição administrativa recebida pela nutricionista junto ao Detran-SP. Uma terceira, referente à necessidade de comparecimento em juízo para informar as suas atividades, também foi derrubada.

As duas medidas haviam sido solicitadas em maio deste ano pelo Ministério Público, depois que o programa CQC, da TV Bandeirantes, ter mostrado Gabriella dirigindo, mesmo com sua carteira de motorista já tendo sido suspensa.

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Em entrevista ao R7, José Luis de Oliveira Lima disse que as duas medidas cassadas feriam o direito de ir e vir da sua cliente.

Procurado, o Ministério Público informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda aguarda a notificação para então decidir se irá recorrer. A promotora Mildred Assis Gonzales deve avaliar o tema na tarde desta segunda-feira (12) e então se pronunciar a respeito.

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Inquérito não foi concluído após dois anos

O administrador Vitor Gurman foi atropelado no dia 23 de julho de 2011, na Vila Madalena, zona oeste da capital paulista. A nutricionista conduzia um Land Rover e estava acompanhada pelo namorado, o engenheiro Roberto de Souza Lima, dono do veículo. A vítima morreu após quase cinco dias em coma no Hospital das Clínicas.

Passados mais de dois anos, o inquérito do caso ainda não foi concluído. De acordo com Gilmar Contrera, atual delegado-titular do 14º Distrito Policial, em Pinheiros, a ausência de um laudo solicitado pelo Ministério Público, para determinar a velocidade exata do carro no momento do acidente, é o que ainda impede a conclusão.

— Nós estamos no aguardo desse laudo. Todo o restante já foi concluído. Não sei dizer quando (estará concluído o inquérito), já que esse prazo depende do IC (Instituto de Criminalística).

Tão logo o inquérito seja concluído, ele deverá ser encaminhado à Promotoria, que vai avaliar se oferece ou não denúncia contra a nutricionista. Titular do 14º Distrito Policial na época do atropelamento, o delegado Manoel Adamuz Neto declarou que Gabriella deveria ser indiciada por homicídio doloso, pois teria assumido o risco de matar alguém ao dirigir em alta velocidade. Além disso, um laudo reunido ao inquérito aponta que ela estava alcoolizada no momento do acidente, mas não embriagada.

No dia do acidente, Gabriella dirigia um jeep Land Rover do seu namorado, Roberto de Souza Lima, que também estava no interior de veículo e sofreu ferimentos leves. Ele já havia sido multado 25 vezes desde o início de 2011 - oito vezes por excesso de velocidade e as outras por dirigir falando ao celular e por trafegar na contra mão.

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