Os ventos fortes que atingiram a cidade de Taquarituba, a 320 km da capital paulista na tarde de domingo (22), deixaram cerca de cem casas destelhadas, danificaram 20 indústrias e destruíram um posto de gasolina, a rodoviária e um ginásio da cidade. A prefeitura do município calcula que o prejuízo seja de R$ 20 a R$ 30 milhões. Na manhã desta segunda-feira, o prefeito de Taquarituba decretou estado de calamidade pública na cidade.
Maria Lídia Gomes de Carvalho, 28 anos, funcionária da prefeitura, conta que o cenário é de horror.
— Um bairro inteiro foi devastado, é um cenário horrível, parece guerra, ficamos incomunicáveis. Hoje, a energia foi reestabelecida e a água também, mas a área que foi atingida não tem nada.
Segundo informações da prefeitura, duas pessoas morreram e 65 ficaram feridas e foram atendidas na Santa Casa da cidade. Voluntários de municípios vizinhos estão em Taquarituba e ajudam no atendimento aos afetados pelo vendaval.
— Foi tão grave a situação que todas as ambulâncias e os médicos foram para a Santa Casa. Médicas da região também vieram pra cá, assim como o Corpo de Bombeiros de Avaré, porque aqui não tem bombeiros.
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O ginásio de esportes da Vila São Vicente está sendo usado como abrigo para a população. No local também está sendo feito o recebimento de doação. De acordo com Maria Lídia, o mais urgente no momento são cobertores, roupas, colchões e lonas. Na tarde desta segunda-feira (23), o governador do Estado, Geraldo Alckmin, deve realizar uma visita a Taquaritinga.
Maria Lídia contou também que os moradores foram pegos de surpresa com a chuva e os fortes ventos.
— Foi uma chuva que não fez barulho. Começou o vendaval do nada, em círculo. Parecia que a gente estava dentro do furacão. A gente nem imaginava que ia ser desse jeito. Logo depois da chuva começaram as sirenes.