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Trajeto vai ser decidido na hora da manifestação, diz Movimento Passe Livre

Falta de informações sobre percurso do protesto pode prejudicar mais o trânsito

São Paulo|Felippe Constancio, do R7

Quinto protesto será nesta segunda-feira (17), no Largo da Batata
Quinto protesto será nesta segunda-feira (17), no Largo da Batata Quinto protesto será nesta segunda-feira (17), no Largo da Batata (CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Os paulistanos podem se preparar para mais um dia de trânsito caótico, principalmente na zona oeste da capital paulista. O quinto protesto do MPL (Movimento Passe Livre) será nesta segunda-feira (17), a partir das 17h, no Largo da Batata, em Pinheiros. Na manhã de hoje, os líderes do MPL já avisaram à imprensa que não vão divulgar qual será o trajeto do movimento. Essa falta de informações pode prejudicar ainda mais a volta para a casa dos motoristas da cidade. Representante do movimento, Caio Martins disse que o percurso é planejado na hora do ato.

— Levamos em conta, primeiro, a quantidade de pessoas que estão no local. Segundo, o movimento não é nosso. É uma revolta popular. Não tem como decidirmos sozinhos [o trajeto]. Não somos donos da manifestação.

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O MPL acredita que cerca de 40 mil pessoas participem do quinto protesto chamado de "o grande ato" e já identificado nas redes sociais pela hashtag #vemprarua. Só pelo Facebook, mais de 230 mil pessoas confirmaram participação. Como a aglomeração de pessoas durante as manifestações deve mais uma vez provocar um longo congestionamento em vias importantes de São Paulo, em horário de pico, Caio Martins rebate as críticas ao movimento.

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— É quase irônico falar que estamos causando problemas no trânsito. Justamente o que queremos é a melhoria do transporte coletivo para melhorar o trânsito. E o trânsito caótico já existe todo dia. Porque não tem investimento no transporte público e sim no individual [carro].

Rafael Siqueira, outro representante do movimento, enfatiza que o MPL não apoia quebra-quebra nem ataques dos manifestantes contra o patrimônio público e contra a Polícia Militar.

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— O movimento é um movimento pacífico. É direito constitucional se manifestar nas ruas. A repressão social infelizmente tem como resposta a violência.

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O MPL informa que não pretende fiscalizar os participantes do movimento na tentativa de prevenir atos de vandalismo. Caio Martins pondera que essa atribuição é dos governantes — os mesmos que ele responsabiliza pelo preço das passagens.

— Quando as pichações começam antes da repressão policial, se alguém hoje pode controlar as pichações, são eles [prefeito Fernando Haddad e governador Geraldo Alckmin]. A própria tarifa é uma violência.

Movimento Passe Livre

Os quatro protestos que pararam São Paulo, nos últimos dias, são organizados pelo Movimento Passe Livre. O MPL tem como principal bandeira a mudança do sistema de transporte das cidades da iniciativa privada para um modelo público, "garantindo o acesso universal através do passe livre para todas as camadas da população". O movimento calcula que 37 milhões de brasileiros deixam de se utilizar do transporte público por não poder arcar com o custo das passagens.

Na prática, o MPL quer que o transporte público seja gratuito. Portanto, a briga não é somente contra o aumento de R$ 0,20 na tarifa do transporte coletivo em São Paulo — de R$ 3,00 para R$ 3,20. Sua carta de princípios diz que "o MPL deve ter como perspectiva a mobilização dos jovens e trabalhadores pela expropriação do transporte coletivo, retirando-o da iniciativa privada, sem indenização, colocando-o sob o controle dos trabalhadores e da população".

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