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Volume útil do "coração" do Cantareira chega a zero

Retirada de água é feita pelo "volume morto", que começou dia 15 de maio e custou R$ 80 mi

São Paulo|Do R7

Com falta de chuvas, volume de água do Sistema Cantareira está cada vez mais baixo
Com falta de chuvas, volume de água do Sistema Cantareira está cada vez mais baixo Com falta de chuvas, volume de água do Sistema Cantareira está cada vez mais baixo

Responsáveis por cerca de 80% da capacidade máxima do Sistema Cantareira, as represas Jaguari-Jacareí, na região de Bragança Paulista, atingiram na terça-feira (3), o limite mínimo de captação de água por gravidade pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), ou seja, 0% do volume útil armazenado. Isso significa que, a partir de agora, a retirada de água dos dois principais reservatórios do Cantareira só pode ser feita através do bombeamento do "volume morto", que fica represado abaixo do nível das comportas da Sabesp. A operação, que custou cerca de R$ 80 milhões, teve início no dia 15 de maio.

Na terça-feira, as represas Jaguari-Jacareí possuíam 104,3 bilhões de litros da reserva profunda disponível para a Sabesp. Consideradas o "coração" do Cantareira, elas têm capacidade total para 1,04 trilhão de litros, dos quais 808 bilhões ficavam acima do nível das comportas e acabaram com a crise histórica. Ao todo, o Cantareira possui hoje 240,9 bilhões de litros, já considerando o "volume morto" que será utilizado e a quantidade de água que resta nos outros três reservatórios que compõem o sistema: Cachoeira, em Atibaia, Atibainha, em Nazaré Paulista, e Paiva Castro, em Mairiporã.

O volume disponível hoje representa 24,6% da capacidade do Cantareira, segundo a Sabesp. Na estimativa mais pessimista feita pela companhia, a pedido do comitê anticrise que monitora o manancial, a reserva atual pode acabar no dia 27 de outubro, um dia após o segundo turno das eleições do governo paulista. Sem considerar a reserva profunda, o nível atual estaria em 6% da capacidade.

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O cálculo da Sabesp considerou uma vazão afluente (água que chega aos reservatórios) 50% abaixo da mínima histórica e uma retirada para abastecimento da Grande São Paulo de 21,5 mil litros por segundo. Só em maio, contudo, a vazão registrada foi igual a 39% do pior índice registrado para aquele mês, ou seja, abaixo da projeção da Sabesp. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), a concessionária paulista já solicitou autorização para captar mais 100 bilhões de litros do "volume morto" para tentar evitar o racionamento de água generalizado.

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