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Brincar com os pais ajuda crianças a crescerem mais seguras e criativas, diz psicóloga

Veja sugestões de como estimular saúde mental dos pequenos neste Dia das Crianças

Saúde|Marcella Franco, do R7

O R7 sugere: que tal trocar o celular por brincadeiras com a família neste 12 de Outubro?
O R7 sugere: que tal trocar o celular por brincadeiras com a família neste 12 de Outubro? O R7 sugere: que tal trocar o celular por brincadeiras com a família neste 12 de Outubro?

"Mãe, brinca comigo? "Só um minutinho, filho, me deixa antes ver um negócio aqui no celular".

Se essa cena já aconteceu na sua casa, atenção. Cada vez mais estudos mostram que o uso excessivo dos telefones pelos pais é, atualmente, a principal queixa dos filhos em relação à família, e que o vício é, também, responsável por entraves no desenvolvimento emocional de crianças de todas as idades.

Por isso, que tal aproveitar o dia delas, comemorado nesta segunda-feira (12), e promover um dia sem celular em família? Um dia em que pais e mães se dediquem exclusivamente a brincar com as crianças?

Os benefícios psicológicos da interação lúdica com os filhos vão desde o reforço no vínculo amoroso entre as duas gerações até o aumento na confiança que os pequenos têm em si próprios, conforme explica a psicóloga Andreia Mutarelli, do Hospital Infantil Sabará.

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Para ela, acolher a demanda dos filhos que pedem para brincar significa aceitar o que aquela criança decide mostrar dela mesma naquele momento.

— A brincadeira favorece o crescimento e a abertura para o novo. Faz desabrochar a criatividade, e mostra à criança que ela pode compartilhar as angústias, os pensamentos e as alegrias com os pais, que são as pessoas em quem ela mais confia. Além disso, é um modo de ela fazer elaborações de situações conflitivas que esteja enfrentado na vida.

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Ao deixar os filhos de lado para ficar no celular, mães e pais estão, de acordo com Andreia, sinalizando que o aparelho é mais importante que as crianças naquele momento. Com isso, devem se perguntar se é este valor que realmente querem passar para os pequenos, já que, como explica a psicóloga, atitudes como esta podem estimular um vício em tecnologia quando eles se tornarem adultos.

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— É algo que pode contribuir para que a criança não tenha confiança nela mesma. Para cuidar de alguém, precisamos reconhecer as necessidades dessa pessoa. Este apoio e encorajamento que os pais dão ao olhar para as necessidades do filho é o que vai ajudá-los a passar por situações novas e novos desafios.

Uma boa troca neste Dia das Crianças, aliás, é abraçar um dos maiores desafios da infância: aprender uma nova habilidade, como andar de bicicleta sem rodinhas, de patins, skate, nadar sem boia, praticar um esporte.

Ao se mostrarem disponíveis para enfrentar situações como estas juntos, os pais demonstram aos filhos que é possível se compartilhar na vida não só interesses, mas também dificuldades.

— Ao ensinar algo, os pais mostram que aquilo é um valor para eles. Para as crianças, é muito importante poder estar com um adulto na hora de acessar o não-saber, aquilo que gera angústia por ser desconhecido. Olhar para a dificuldade com o suporte dos pais facilita tudo. A criança sente que pode errar, cair da bicicleta, começar de novo, já que a mãe ou o pai vão estar ao lado para ajudar a levantar. É uma relação protegida.

Jogos de tabuleiro também são boa opção, já que promovem um momento de compartilhamento em família. Na opinião de Andreia, um dos pontos positivos é o fato de que brincadeiras como esta possuem regras, exigem estratégia e sugerem objetivos — com isso, alguém vai ganhar e alguém vai perder no final.

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— Experimentar o ganhar e perder no ambiente em família oferece uma base de sustentação importante. A criança vai perceber que tudo bem se ela perder hoje, e que amanhã as coisas podem ser diferentes.

E engana-se quem pensa que é melhor passar longe de videogames e jogos eletrônicos.

A psicóloga explica que, já que vivemos em um mundo onde é praticamente impossível escapar deste tipo de diversão, os pais podem aproveitar seus benefícios, que são, basicamente, os do compartilhamento.

Pais, mães e filhos podem todos jogar juntos, inclusive convidado amiguinhos das crianças para também participar da brincadeira. Deste modo, todos saem ganhando, se divertindo em conjunto no Dia das Crianças e em todo o resto do ano também.

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